JULGAMENTO

Acusado de matar advogados em Goiânia enfrenta júri popular nesta terça (17)

Segundo os autos, Pedro Henrique Martins foi o autor dos disparos contra Marcus Aprigio e Frank Alessandro após perder um processo judicial

Pedro Henrique Martins, um dos acusados de matar os advogados Marcus Aprigio Chaves e Frank Alessandro Carvalhaes, enfrenta júri popular. (Foto: reprodução)

Pedro Henrique Martins Soares, um dos acusados de matar os advogados Marcus Aprigio Chaves e Frank Alessandro Carvalhaes, enfrenta júri popular nesta terça-feira (17). O crime ocorreu dentro do escritório dos defensores, em outubro de 2020.

O julgamento ocorre desde as 8h30, nas dependências do Fórum Cível, e é presidido pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas, da 1ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri da comarca de Goiânia.

Relembre o crime

Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público, os assassinatos foram encomendados por Nei Castelli porque as vítimas venceram uma disputa judicial de reintegração de posse proposta contra a família dele. Com a derrota na Justiça, Nei ficou na incumbência de pagar R$ 4,6 milhões de honorários aos advogados.

O fazendeiro teria ficado inconformado com a condenação e, por interesses patrimoniais, decidiu matar Marcus e Frank como forma de retaliação.

De acordo com os autos, Nei Castelli teria contatado Cosme Lompa para lhe ajudar a contratar os executores Pedro Henrique e Jaberson Gomes, que morreu em confronto com a Polícia.

Hélica Ribeiro, namorada de Pedro, foi quem negociou o valor que seria pago ao namorado e a Jaberson pelas mortes das vítimas.

Execução

Segundo o MP-GO, Nei prometeu R$ 100 mil caso a dupla saísse impune, e R$ 500 mil caso os acusados fossem presos pelos homicídios. Com isso, Pedro Henrique e Jaberson agendaram uma reunião com Marcus Chaves utilizando um nome falso. Ao chegar no escritório, a dupla foi levada à sala de reunião e rendeu o advogado. Sob a  mira de um revólver, ele foi obrigado a chamar Frank Alessandro até o local.

Para tentar despistar a causa da morte, os homens chegaram a perguntar às vítimas onde que havia dinheiro. Marcus chegou a dar R$ 2 mil para os criminosos. Porém, Pedro Henrique atirou três vezes contra Marcus e uma vez contra Frank, que morreram na hora.

 

*Errata: inicialmente o TJGO informou que o julgamento seria do acusado Nei Castelli, mas corrigiu a informação às 11h13 desta terça-feira (17).