Acusado de matar diarista em Cristianópolis e jogar corpo em cisterna vai a júri popular nesta quinta (5)
O homem foi preso oito dias após o desaparecimento em uma casa no município de Paranã, no Tocantins
Inicia às 8h30 desta quinta-feira (5/10) o julgamento de Joaquim Francisco Bispo, acusado de matar a namorada Luiza Helena Pereira e jogar o corpo dentro de uma cisterna em uma chácara de Cristianópolis, na região Sudeste de Goiás. O caso será analisado por júri popular, no entanto, o réu já confessou os crimes.
A diarista de 38 anos desapareceu no último dia 6 de maio de 2022 após discutir com o namorado por ciúmes. O corpo dela só foi encontrado oito dias depois, dentro de uma cisterna. Segundo familiares da vítima, dois advogados já desistiram de representar o réu, que responde por feminicídio qualificado.
O irmão da vítima, Luiz Magnum, espera que o acusado seja condenado a pena máxima. “O advogado diz que [a pena seja] provavelmente mais de 30 anos”, diz.
Briga antes do feminicídio
Na época do ocorrido, o irmão de Luiza disse em entrevista ao Mais Goiás que teve contato com a vítima pela última vez em confraternização na casa do irmão mais novo, no bairro Jardim das Acácias, em Aparecida de Goiânia. Na residência, Luiza e Joaquim brigaram por ela ter colocado senha no celular.
“Ela foi na casa do meu irmão mais novo com o namorado para confraternizar. Lá, ela contou para o meu irmão e minha cunhada que queria terminar com ele (namorado) pois ele estava morando na casa dela, andava no carro dela e agia como se eles tivessem casados, mas ela não queria isso. Em algum momento, ela foi para a cozinha e ele pegou o celular dela para mexer, mas viu que ela trocou a senha. Ele perguntou o motivo dela ter trocado a senha e ela respondeu que era para ele não mexer. Depois disso ele ficou calado e por volta de 2h da manhã, ele quis embora. Desde então, ela não foi mais vista”, relatou Magno Pereira.
No dia seguinte à confraternização, Joaquim foi até a casa de Luiza e contou para o pai dela, que mora na casa ao lado, que a mulher teria ido até a Rua 44 com a irmã dele. Porém, a cunhada da vítima negou o fato e afirmou que não via Luiza há meses. Horas após o encontro com o homem, os familiares descobriram que ele havia fugido para o Tocantins. As suspeitas aumentaram após Luiza não comparecer para comemorar o dia das mães.
Diarista teve corpo jogado em cisterna de Cristianópolis
O homem foi preso oito dias após o desaparecimento em uma casa no município de Paranã, no Tocantins. Ele confessou ter matado Luiza enforcada durante uma crise de ciúmes e levou os policiais até a cisterna onde jogou o corpo.
Ele revelou à polícia que não imaginou que tinha matado Luiza e acreditava que ela tivesse apenas desmaiado depois que foi enforcada. Ao ver que a mulher não respirava, ele a colocou no carro para levá-la ao hospital, mas percebeu que o corpo estava gelado e decidiu retornar para a chácara. No local, ele deu banho, trocou a roupa da vítima e a jogou em um buraco cavado em 2019 para fazer uma cisterna.