TJGO

Acusado de matar jovem em boate do Setor Marista será ouvido pela Justiça nesta quinta

Denunciado pela morte do garçom Edmar Cavalcante Rebelo Filho, Cairo Petrucci de Paiva, de 22…

Denunciado pela morte do garçom Edmar Cavalcante Rebelo Filho, Cairo Petrucci de Paiva, de 22 anos, será ouvido em audiência nesta quinta-feira (28/7), a partir das 9h30, pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia. Preso preventivamente, ele foi denunciado pelo promotor Maurício Gonçalves de Camargos por homicídio com as qualificadoras de motivo fútil e emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

O crime ocorreu na madrugada de 19 de fevereiro deste ano, na Boate Pink Elephant Tour, na Rua 139, no Setor Marista. Segundo a denúncia do MPGO, a vítima, de 20 anos, foi até a boate com o cunhado Jakson e o amigo Diayson Viana. O três chegaram ao estabelecimento aproximadamente à meia-noite. Por volta das 2h20, Cairo de Paiva e outros dois amigos tentaram entrar na casa, mas foram impedidos pelos seguranças, sob o argumento de que o expediente já estava terminando.

Enquanto Cairo de Paiva e os amigos permaneceram na porta da boate, Antônio, Jakson e Diayson resolveram ir embora. Antônio e Diayson foram para a portaria no momento em que Jakson providenciava o pagamento da conta. A vítima e o amigo estavam com uma garrafa de cerveja cada e sentaram-se em uma mureta na varanda da boate. Nesse momento, de acordo com a denúncia do MPGO, Cairo de Paiva e os dois amigos decidiram ir embora e, quando saiam, ele derrubou a garrafa da vítima intencionalmente.

Teve início, então, uma rápida troca de palavras entre eles, mas sem que houvesse troca de agressões físicas. Segundo o órgão ministerial, o suspeito disse na delegacia, para onde foi levado depois de preso em cumprimento a mandado de prisão temporária, que após a discussão e ao chegar ao carro de um dos amigos, este o entregou uma pistola e instigou a atirar na vítima.

Em seguida, o acusado se aproximou de Edmar e, sem dizer nada, atirou em seu peito.O jovem ainda chegou a ser socorrido e encaminhado ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), mas morreu horas depois na unidade de saúde.

O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, ao receber a denúncia contra Cairo Petrucci de Paiva, no dia 3 de maio, converteu a prisão temporária em preventiva. Ele acatou os argumentos do MPGO, de que o crime abalou a sociedade pela futilidade da motivação e a liberdade do suspeito representa sentimento de insegurança e descrédito. O magistrado determinou também à Delegacia de Investigação de Homicídios a realização de investigação complementar para apurar a participação de duas outras pessoas no homicídio.