Acusados de assassinar mãe e filha vão a júri popular em Goiânia
A Justiça de Goiás mandou a júri popular os denunciados Daniel Antônio de Carvalho e…
A Justiça de Goiás mandou a júri popular os denunciados Daniel Antônio de Carvalho e Alessandro Pereira Michel, de 28 e 35 anos, respectivamente, pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver. A decisão foi tomada na segunda-feira (12) pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara. Daniel é acusado de matar sua ex-mulher, Jucilene Costa da Cunha, de 26 anos, bem como estuprar e também matar sua enteada, de 10 anos. Já Alessandro é acusado de participar do crime ao ajudar na ocultação dos corpos.
Embora o crime tenha ocorrido entre os dias 7 e 9 de julho deste ano, no setor Jardim Liberdade, em Goiânia, os corpos somente foram encontrados, no dia 13. As vítimas foram carbonizadas e tiveram seus corpos abandonados em uma estrada de terra às margens da BR-060, na zona rural de Guapó. Os réus estão presos.
Segundo o Tribunal de Justiça, o inquérito policial afirma que Jucilene nasceu no Estado do Pará e vivia em união estável com Daniel havia aproximadamente três anos, juntamente com suas filhas. Quando iniciaram a união, Jucilene já possuía três filhas. Na época em que o crime aconteceu, as crianças tinham 4, 8 e 10 anos. Do relacionamento entre Daniel e Jucilene nasceu uma criança do sexo masculino.
Essa relação, segundo a polícia, estava conturbada, motivo pelo qual Jucilene passou a se relacionar afetivamente com outro homem, tendo, com isso, o desejo de se separar. Porém, Daniel não aceitava o fim da relação.
Daniel confessou à polícia que estuprou a enteada e a matou enforcada. Depois, matou a então companheira e mãe da criança com facadas no pescoço.
Participação para assassinar mãe e filha
Na noite do dia 12 para 13 de julho deste ano, após matar mãe e filha e ainda estuprar a criança, Daniel pediu a Alessandro que o ajudasse na remoção dos corpos da casa onde morava. Alessandro aceitou ajudá-lo e, assim, os dois colocaram os cadáveres em um carro emprestado pela irmã do Daniel e levaram para Guapó.
Em seguida abandonaram os corpos numa estrada de terra, jogaram combustível e atearam fogo neles. No dia 13, os dois corpos foram encontrados carbonizados.
Quando os corpos foram encontrados e a polícia foi acionada, ligaram os cadáveres ao desaparecimento de mãe e filha. Sendo assim, uma equipe de agentes da polícia civil, acompanhado de um delegado, foi ao endereço de Daniel para buscar mais informações.
Porém, quando chegaram ao local e bateram no portão, identificando-se como policiais, Daniel entrou em um veículo e tentou fugir. Consta no inquérito, inclusive, que Daniel jogou o veículo na direção dos policiais, que por pouco não foram atropelados.
Decisão
Além de mandar o caso a júri popular, o juiz Jesseir Coelho negou o pedido para que as outras crianças sobreviventes fossem ouvidas. O magistrado argumentou não ser necessária neste momento, especialmente porque se encontram residindo em outro estado da Federação.