João Marcos Brasil Silva e Ana Cristina Brasil da Silva, acusados pela morte de Jucimar Bezerra, ocorrida no dia 6 de agosto de 2015, no setor Condomínio Mansões Eldorado, vão a júri popular. Segundo a acusação, o crime teria sido cometido para que os autores pudessem ficar com dinheiro de seguros da vítima.
De acordo com a denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO), João Marcos matou a vítima com a promessa de que receberia recompensa pelo crime e utilizando recurso que dificultou a defesa da vítima. Já Ana Cristina foi denunciada por ser a mandante do homicídio, por motivo torpe, para apoderar-se do seguro de vida do qual era beneficiária.
Eles foram pronunciados pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia. O magistrado disse que há indícios suficientes da materialidade do crime e de sua autoria. “Assim sendo, caberá ao Conselho de Sentença dirimir as dúvidas e contradições nos autos, avaliando se os acusados são inocentes ou culpados”, destacou.
Jesseir Alcântara afirmou também que as qualificadoras devem ser mantidas. “Primeiro porque há indícios nos autos de que a acusada Ana Cristina teria mandado matar a vítima, em razão de seu interesse em receber o seguro de vida dela, bem como a pensão. E João Marcos também teria agido impelido por uma motivação torpe”, esclareceu.
Assim, o magistrado negou o pedido formulado pela defesa dos acusados requerendo a impronúncia, sob alegação de ausência de indícios de autoria e participação. “Verifica-se que a tese dos acusados confronta com os demais elementos probatórios, concluindo-se que há divergência relevante entre ambos, bem como pelo fato de que não existe isenção de dúvidas para acolher, por ora, a tese de negativa de autoria e participação de ambos os réus”, pontuou.
O crime
Conforme o inquérito policial, Ana Cristina Brasil, de 36 anos, mulher da vítima; o irmão dela, Nédio Brasil, de 44 anos; e o filho dele, João Marcos Brasil, de 20 anos, mataram Jucimar com o intuito de ficar com valores referentes a seguros de vida, totalizando cerca de R$ 120 mil.
De acordo com as apurações, Ana Cristina, casada com Jucimar há seis anos, arquitetou a morte do marido, com ajuda do irmão. Eles teriam prometido a João Marcos R$ 20 mil pelo “serviço”. Desse total, R$ 5 mil chegaram a ser repassados ao executor.
O sobrinho teria chamado o tio para resolver um problema mecânico em uma motocicleta. Ao darem uma volta no veículo, supostamente para demonstrar o problema, o sobrinho simulou que a moto havia enguiçado. Ele pediu pro tio empurrar a moto e, nesse momento, teria disparado contra a vítima, pelas costas.
O trio confessou o assassinato, mas negou a motivação patrimonial. Na versão deles, o crime foi cometido porque Jucimar era violento e agredia a família. estão sob investigação.