ITUMBIARA

Adiado júri de vigilante acusado de matar porteiro por causa de bolinha de papel

Advogada do réu apresentou atestado médica e não pôde comparecer à sessão de julgamento

O julgamento do vigilante Wallas Gomes de Lima, de 29 anos, acusado de matar o porteiro Guilherme Alves de Pereira em Itumbiara, foi adiado na tarde de quinta-feira (26). O júri foi remarcado para a próxima quinta-feira (3). Crime ocorreu em outubro de 2018 e teria sido motivado por conta de discussão causada por uma bolinha de papel. O réu está preso há cerca de um ano.

Segundo informações repassadas pelo Tribunal de Justiça de Goiás, a sessão de julgamento chegou a ser iniciada, mas não teve continuidade, pois a advogada do acusado apresentou atestado médico. O magistrado tentou realizar o júri com outros advogados do processo, porém o réu informou que a defensora ausente é a mais inteirada de todo o processo.

Por conta disso, o julgamento foi remarcado para a próxima semana, no dia 3 de dezembro, já que o atestado médico da advogada indica retorno aos trabalhos na próxima terça-feira (1º).

Relembre

O crime ocorreu no último dia 13 de outubro de 2018. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que Guilherme é assassinato. O vídeo mostra uma breve discussão entre os dois, a rendição do rapaz e o momento em que três disparos são efetuados contra a sua cabeça.

À época, a Polícia Militar destacou que um desentendimento sobre uma bolinha de papel jogada ao chão pelo atirador teria motivado o crime. Ainda de acordo com a corporação, Wallas teria comentado com outro guarda a intenção de cometer o homicídio.

Guilherme, por sua vez, chegou a avisar um familiar sobre o ocorrido e pediu para que o mesmo lhe encontrasse na saída do turno de trabalho para evitar uma nova discussão. Porém, o vídeo mostra que, quando a vítima retornada ligação, se depara com Wallas vindo em sua direção com a arma apontada.

Nesse momento, Guilherme levanta a mão para mostrar que não estava armado e vira de costa para o guarda. Após isso, Wallas dispara contra a nuca da vítima. Mesmo caído, o réu atira mais duas vezes contra a cabeça do porteiro, que morreu na hora.

Em abril de 2019, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou Wallas por homicídio duplamente qualificado. Na ocasião, o promotor de Justiça, Marcelo de Freitas defendeu que o réu dificultou a defesa da vítima, uma vez que Guilherme estava em seu local de trabalho, totalmente desarmado, e ao perceber que estava com a arma apontada contra ele, levantou as mãos para demonstrar que não queria briga, além de ter virado de costas sem qualquer possibilidade de defesa.

O vigilante foi detido no último dia 29 de maio de 2019, após ficar foragido desde o dia do crime.