SEM ACORDO

Administrativos da Educação em Goiânia decidem retomar greve a partir de terça (27)

Decisão foi tomada após os trabalhadores se reunirem em assembleia, nesta quinta-feira

Sintego decide retomar greve de administrativos da Educação (Foto: Divulgação)

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) decidiu, nesta quinta-feira (22), retomar a greve dos administrativos, em Goiânia, alegando que a prefeitura descumpriu o acordo em apresentar um novo plano de carreira. O assunto chegou a ir para o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), que tentou por três vezes conciliação em torno da pauta.

A decisão foi tomada após os trabalhadores se reunirem em assembleia. Com o indicativo de greve decretado, a paralisação terá início oficial na próxima terça-feira (27), de acordo com a presidente do Sintego, a deputada estadual Bia de Lima (PT).

Vale lembrar, os trabalhadores da educação ficaram por mais de 40 dias com os braços cruzados, entre o dia 2 de outubro e 14 de novembro do ano passado. À época, eles pediam o pagamento da data-base 2023, a equiparação no auxílio locomoção e o envio imediato do Novo Plano de Carreira para a Câmara Municipal. 

Naquele momento, o movimento teve fim após acordo com relação ao auxílio locomoção e o pagamento da data-base. A categoria, no entanto, topou deixar para dezembro a discussão em torno do plano de carreira. É justamente isso que não foi cumprido pela prefeitura de Goiânia, de acordo com os grevistas.

“Falta de zelo”

A presidente do Sindicato destacou que tentou todos os recursos de diálogo junto ao paço municipal, mas não houve retorno algum que pudesse evitar a greve. “O Sintego com responsabilidade e muito zelo vem conduzindo e garantindo avanços. Por falta de empenho por parte do paço municipal, a categoria hoje [quinta] aprovou por unanimidade a retomada da greve na próxima terça-feira”, afirmou Bia de Lima. 

Junto com a greve decretada, a categoria estabeleceu uma agenda de atividades para os próximos dias, em uma tentativa de dar corpo ao movimento. Além do início da paralisação, eles vão se reunir com o desembargador da Justiça do Trabalho, Fernando Braga, no dia 4 de março e, no dia seguinte, haverá uma assembleia na Câmara dos Vereadores.

Procurada, a Secretaria Municipal de Educação não retornou os questionamentos da reportagem.