PARALISAÇÃO

Greve da Educação: administrativos rejeitam nova proposta da prefeitura; paralisação deve ultrapassar um mês

Servidores vão se reunir novamente no próximo dia 6 de novembro quando a greve terá completado 35 dias

Os servidores da educação da Prefeitura de Goiânia rejeitaram a proposta apresentada pelo Paço Municipal em assembleia nesta terça-feira (31/10) e com nova agenda marcada apenas para a próxima segunda-feira (06/02), a categoria terá ultrapassado um mês em greve. A negociação vem sendo intermediada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) que não abre mão da apresentação imediata da reestruturação do plano de carreira.

Na proposta deliberada pela Prefeitura de Goiânia consta reajuste para R$ 500,00 no auxílio locomoção. A categoria exige equidade com o valor pago para os professores, de R$ 720, mas o ponto mais sensível é a reestruturação do plano de carreira. O Paço Municipal quer começar a discussão apenas a partir do dia 12 de dezembro, mesmo período em que seria discutido o pagamento da data-base.

Greve da Educação persiste, mas Sintego acredita que está próxima do fim

A categoria quer tanto o pagamento de 6% da data-base como o debate para reestruturação do plano de carreira pagos imediatamente. Com a recusa, a greve completará um mês no próximo dia 2 de novembro. Na nova assembleia agendada para o dia 6 de novembro, a paralisação terá completado 35 dias. 

A presidente do Sintego, deputada estadual Bia de Lima (PT) destacou que o atual plano de carreira não é atrativo para a categoria. “Atualmente, a carreira não é atrativa para o servidor que troca de emprego e abandona o cargo porque não vê perspectiva nesse atual modelo”, destacou. 

Ela diz que faltam alguns pontos que a Secretaria de Educação tem avaliado, mas está otimista com a aproximação do fim do período grevista. “Toda a categoria por unanimidade permanece em greve na preocupação em ver o plano de carreira chegar na Câmara Municipal. O Sintego esteve ontem conversando e prevê que o diálogo já avança em alguns aspectos. No entanto, precisamos de mais cálculos que a Secretaria precisa fazer”, salientou.

“Acredito que estamos avançando, a expectativa é positiva e tudo que tiver necessidade e ao nosso alcance vamos estar construindo tudo no campo do diálogo e necessidade de se respeitar os administrativos da Educação”, completou.

A Prefeitura de Goiânia se manifestou por meio de nota. Veja a íntegra:

A Secretaria Municipal de Educação (SME) informa que seguirá negociando com a categoria e esclarece que apresentou, na última semana, uma proposta para os servidores administrativos da Educação.

A proposta apresentada ao Sintego garantia o reajuste do auxílio locomoção de R$ 300 para R$ 500 por mês, além do pagamento da data-base e da elaboração do plano de cargos da categoria a partir de dezembro.

A SME Goiânia destaca, por fim, que a proposta, construída com responsabilidade fiscal, foi a segunda apresentada à categoria e que vai seguir trabalhando para garantir atendimento aos estudantes”.