Adolescente ajudou em homicídio cruel entre compadres em Bonfinópolis, diz PC
Menor teria recebido R$ 1 mil para prestar apoio no assassinato e ocultação do cadáver da vítima
A Polícia Civil (PC) concluiu inquérito sobre o desaparecimento e morte de Ademostero Batista da Silva, de 48 anos, em Bonfinópolis. Além do compadre da vítima, a corporação identificou um adolescente de 17 anos como partícipe no assassinato brutal. Menor teria recebido R$ 1 mil para auxiliar no crime. Homicídio ocorreu em fevereiro e a vítima foi agredida com pedaços de madeira e barra de ferro. Homem também teve olhos e dentes arrancados após suposto assédio sexual.
Segundo informações repassadas pela corporação, o principal suspeito do crime é compadre e vizinho da vítima, que cumpria pena no regime semiaberto e possui várias passagens criminais. Ele foi preso na última quinta-feira (19) e afirmou que cometeu o homicídio após Ademostero enviar mensagens de cunho sexual para sua esposa.
Nervoso com o conteúdo das mensagens, o suspeito armou uma emboscada, marcando um encontro íntimo entre a mulher dele e a vítima. Juntamente com o adolescente, o homem desferiu diversos golpes com barra de ferro e faca. Em seguida, os dois colocaram Ademostero em um carro e o jogaram no Rio das Caldas, em Leopoldo de Bulhões.
O adolescente foi ouvido pela Polícia Civil na terça-feira (24), mas não foi apreendido, pois não estava em situação de flagrante. O menor indicou o instrumento usado no crime e reconheceu o local onde o corpo da vítima foi ocultado.
A corporação indiciou o compadre da vítima por homicídio qualificado por meio cruel, motivo fútil e circunstâncias que impossibilitaram a defesa da vítima mediante emboscada, além de ocultação de cadáver. Já o adolescente foi qualificado por ato infracional análogo aos crimes citados. A internação dele também foi solicitada.