INVESTIGAÇÃO

Adolescente confessa que matou pintor enforcado em Aparecida e diz que sofreu abuso

Após matar Emival, os suspeitos roubaram roupas e uma bicicleta e fugiram. Horas depois, retornaram para atear fogo na casa

Adolescente confessa ter matado pintor e diz ter sido molestado pela vítima (Foto: Divulgação/Polícia Militar)

Um adolescente de 16 anos e um jovem, de 22 anos, foram apreendidos e presos suspeitos do assassinato do pintor Emival Lopes da Cruz, de 55 anos, em Aparecida de Goiânia. A prisões aconteceram em Bonfinópolis, na região Central de Goiás, nove dias após o crime. O menor confessou à polícia que foi ele quem matou a vítima e alegou que o crime aconteceu após uma suposta molestação por parte de Emival na madrugada anterior ao homicídio.

De acordo com o tenente-coronel Dalbian Rodrigues, a polícia conseguiu identificar os suspeitos por meio das câmeras de videomonitoramento instaladas nas proximidades da casa da vítima. As imagens mostraram os dois jovens nas imediações no dia do crime, o que levou à identificação e localização da dupla.

O adolescente confessou ter enforcado o pintor com uma corda e o maior de idade relatou que ajudou o menor a fugir e a incendiar a casa de Emival para encobrir o crime. No entanto, o tenente coronel destacou que existem contradições nas versões apresentadas pelos suspeitos e nas apurações realizadas até agora.

A perícia da Polícia Técnico-Científica confirmou que Emival apresentava cinco perfurações nas costas e uma contusão no joelho. O corpo foi encontrado carbonizado em sua residência, localizada no setor Vila Brasília, em Aparecida de Goiânia, após um incêndio que ocorreu na tarde do dia 1º de outubro. Segundo o laudo pericial, a causa da morte foi um choque hipovolêmico resultante da perda excessiva de sangue.

Após matar Emival, os dois roubaram roupas e uma bicicleta e fugiram. Horas depois, retornaram para atear fogo na casa.

Pessoas próximas à vítima relataram que Emival era um homem tranquilo e reservado, sem envolvimentos em situações problemáticas. A Polícia Civil investiga as circunstâncias do crime e se o relato do adolescente é verdadeiro.

Os dois suspeitos foram levados para Aparecida de Goiânia, onde vão prestar novos depoimentos.