Menina de 13 anos tenta impedir pai de bater na mãe e apanha também em Marzagão
Pai mandou a criança ficar de joelhos para apanhar junto com a mãe
Um homem está preso suspeito de agredir a filha de 13 anos e a esposa, em Marzagão, no Sul de Goiás. Foi a adolescente quem denunciou o crime à Polícia Militar (PM), nesta terça-feira (7). Segundo a menina, ela tentou impedir que o pai agredisse a mãe e, por isso, também apanhou.
De acordo com o relato da PM, a menina ligou para a polícia e informou sobre o caso de violência doméstica na casa dela, no setor Antônio Bueno. A menina afirma que, durante as agressões, ela tentou intervir. Com isso, o pai a mandou ficar de joelhos para apanhar também. A adolescente negou a ordem e o pai acabou lhe dando um tapa no rosto.
Quando a polícia chegou à casa, constatou que a esposa apresentava alguma lesões aparentes. Além disso, outros filhos do casal informaram que o homem constantemente é agressivo e espanca a esposa e os filhos. A esposa do suspeito afirma sentir medo de denunciar o marido pelas agressões.
Diante do flagrante, os militares encaminharam as envolvidos para o Instituo Médico Legal (IML), para relatório médico. Em seguida, todos foram para a Delegacia da cidade para os demais procedimentos.
Tendo em vista que os episódios de violência acontecem rotineiramente, não há um motivo claro para as agressões. O Mais Goiás tentou contato com a Polícia Civil, mas não obteve sucesso em saber o que já foi feito e o que deve ser realizado para garantir que o crime não volte a acontecer.
Suspeito de agredir filha de 13 anos e a esposa não é um caso isolado
O homem suspeito de agredir filha de 13 anos e a esposa não é um caso isolado. Prova disso, é que de janeiro à setembro deste ano o estado de Goiás registrou quase 8 mil mulheres vítimas de lesão corporal. Além disso, 12.205 mulheres sofreram ameaça, outras 35 morreram por feminicídio. Os dados são do observatório da Secretaria Estadual de Segurança Pública de Goiás (SSP).
Dados são do Governo Federal, em 2019, chamam atenção para outros pontos. Por exemplo, 74% das denúncias ao Ligue 180 são de mulheres agredidas pelos maridos ou ex-companheiros. Sendo que, 55% delas eram mulheres negras.
Ajude a denunciar esses crimes. O Ligue 180 escuta e acolhe mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.