Adolescente mentiu para justificar fuga e conseguir carona até Goiânia, diz Polícia Civil

A adolescente de 14 anos que fugiu de Itumbiara, na Região Sul de Goiás, até Goiânia, com uma garotinha de apenas 2 anos de idade, criou algumas histórias para justificar a fuga e conseguir a carona, segundo a Polícia Civil.

O delegado que investiga o caso, Anderson Pelagio, detalha que a investigação vai contar com o auxílio de psicólogos para compreender se ela sofria alguma forma de violência e se isso justificou a fuga como ato de desespero.

“ Antes de tratá-la como autora de eventual prática de ato infracional, devemos compreender se ela sofria alguma forma de violência e se isso justificou a fuga como ato de desespero. Faremos isso nos próximos dias, inclusive com auxílio de profissionais da psicologia”, disse o delegado em entrevista ao Mais Goiás.

Ainda de acordo com o titular da Polícia Civil, a adolescente foi entregue para o Conselho Tutelar e encaminhada de volta à Itumbiara. Já a criança está sob os cuidados da avó. Conforme explica Anderson Pelagio, elas não tem nenhum grau de parentesco.

A fuga

As meninas estavam desaparecidas desde o último sábado (17), e foram encontradas nesta segunda-feira (19) em Goiânia. À Polícia Militar, a adolescente contou que a mãe da menina de 2 anos estava sendo agredida e pediu para que ela fugisse do local para que a criança não fosse vítima das agressões.

Além disso, a adolescente também afirmou que era constantemente agredida pela mãe e que a criança estaria sofrendo abuso sexual, inclusive, o delegado disse que a investigação vai evoluir para saber se essas afirmações de fato são verdadeiras.

As primeiras informações apontam que a adolescente fugiu primeiro, com a criança de 2 anos, para Araporã, cidade mineira que fica na divisa com Itumbiara, depois disso ela conseguiu carona para Goiânia.

De acordo com Luciamara Brito, tia da criança, elas foram identificadas por uma moradora da capital que viu noticiários sobre o desaparecimento e acionou a polícia. Segundo Luciamara a família não tem nenhum vínculo com a adolescente, apenas a mãe da criança de 2 anos que a conhece.

De acordo com a Polícia Civil, o caso é investigado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) e pela Delegacia Especializada de Apuração de Atos Infracionais (Depai) de Itumbiara e demais informações se encontram em sigilo.