Advogada que divulgou vídeo de agressões diz que ainda é perseguida por ex-namorado
Caso ficou nacionalmente conhecido depois que vídeo circulou nas redes sociais
A advogada Luciana Sinzimbra, que gravou vídeo que mostra as agressões sofridas por ela pelo o ex-namorado, Victor Junqueira, afirma que continua sendo perseguida pelo agressor. Em nota, ela afirma que não se sente segura mesmo tendo sido contemplada por medida protetiva.
A nota ressalta que medida e a tornozeleira eletrônica usada por Victor não tem impedido que ele se aproxime advogada. Sinzimbra atesta ainda que o ex-namorado foi até a casa dela de madrugada do dia 4/5, de modo que o botão do pânico concedido pela Polícia Civil, fosse acionado.
Em outro episódio, em meados fevereiro, Victor enviou mensagem e fez ligação, também pela madrugada. Em resposta, a vítima, com seu advogado, juntou o conteúdo probatório das tentativas de contato para pedir novamente que a Justiça tome uma providência quanto às iniciativas do ex-namorado.
Para ela, as iniciativas tomadas pela Justiça não tem sido suficientes para solucionar o caso. Ela diz também que tem medo de visitar a família, em Anápolis. “A medida protetiva não é totalmente efetiva, quantos casos a mulher é morta posteriormente. Quando o agressor quer matar, ele assume todos os riscos das medidas protetivas”.
O Mais Goiás tentou contato com a defesa de Victor Junqueira, que é piloto e filho do ex-prefeito de Anápolis, Eurípedes Junqueira. Até o fechamento da matéria as ligações não foram atendidas.
Relembre o caso
Uma gravação recebida pelo Mais Goiás capturou cenas de agressão doméstica praticada contra uma advogada por seu namorado, em Goiânia. No vídeo, que ocorre após uma primeira agressão, o rapaz é flagrado desferindo mais tapas e socos contra a companheira. O caso, já denunciado à polícia, ocorreu, de acordo com depoimento, depois que o casal voltava de uma confraternização do trabalho da mulher na madrugada do dia 14 de dezembro de 2018.
A discussão entre o casal começou quando Luciana teria voltado a um restaurante para buscar um item esquecido. Ao chegar no apartamento, que fica no Setor Marista, ela colocou o celular escondido em um guarda-roupas e conseguiu gravar as agressões.
Em entrevista ao programa de TV “Fantástico”, a advogada disse que não acreditava que Victor pudesse fazer mal a ela. “Você não consegue acreditar que aquela pessoa que você passou três anos, que você conviveu e fez planos, vai te fazer mal, que ela vai chegar ao ponto de te matar ou de te agredir como ele me agrediu”, disse Luciana.
Em fevereiro de 2019, a justiça determinou que Victor utilizasse tornozeleira eletrônica. A decisão foi dada pela juíza Leila Cristina Ferreira, do 4° Juizado de Violência Doméstica e Familiar.
Apesar de ser filmado agredindo a então namorada, a determinação foi dada somente depois que a vítima denunciou ter recebido ligação e mensagens de Vitor. Ele teria entrado em contato com ela mesmo com uma medida protetiva que o proíbe de procurá-la, sob qualquer circunstância.
*Atualizada às 10h07 para correção de informações.