Advogadas presas durante operação contra o tráfico vão cumprir prisão domiciliar
As duas advogadas que foram presas em operação contra o tráfico internacional de drogas e…
As duas advogadas que foram presas em operação contra o tráfico internacional de drogas e venda de armas, no dia 16 de junho, foram liberadas nesta sexta-feira (25) e cumprirão prisão domiciliar. A soltura ocorre após pedido de habeas corpus protocolado pela defesa das investigadas e deferido pelo Tribunal de Justiça de Goiás. Defensores alegaram, entre outras coisas, que as profissionais possuem filhos menores de 12 anos, que dependem única e exclusivamente das mulheres.
Denominada de ‘Patrocínio Infiel’, a operação da Polícia Civil cumpriu mais de 39 mandados de busca e apreensão, oito deles em endereços ligados às advogadas. As investigações apontaram que o grupo criminoso do qual as advogadas supostamente fazem parte movimentou mais de R$ 150 milhões com o tráfico de drogas e armas.
As advogadas foram detidas e estavam no presídio do município goiano de Barro Alto. Segundo a defesa das investigadas, os fatos em apuração teriam ocorrido entre os anos de 2017 a 2020 e não há elementos concretos que justifiquem a prisão das profissionais.
Por fim, afirmaram que as suspeitas possuem a prerrogativa de permanecerem custodiadas em sala de estado-maior (direito do advogado de permanecer preso com instalações e comodidades diferentes dos demais cidadões, como: chuveiro com água quente e sala de leitura), conferida pelo Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Prisão domiciliar
Paulo Borges, um dos advogados responsáveis pela defesa de ambas, disse em nota que as investigadas se encontram em liberdade, em decorrência da liminar do TJGO, em que “ficou demonstrado a falta de fundamentação do da prisão preventiva”.
As advogadas cumprirão prisão domiciliar e só podem sair das respectivas residências com autorização judicial até que a sentença seja transitada em julgado.
Leia a nota na íntegra:
Referente ao caso das advogadas: nesse momento elas se encontram em liberdade, em decorrência de um liminar do TJGO, onde ficou demonstrado a falta de fundamentação do decreto preventivo, falta de sala de estado maior para acomodação das advogadas, sendo as advogadas mães de filhos menores de 12 anos, que a lei garante a liberdade, e posterior a defesa demonstrara a inocência das advogadas.
Relembre o caso
As advogadas estão entre as 33 pessoas que foram presas pela Polícia Civil de Goiás suspeitas de atuação no tráfico internacional de drogas, venda de armas, lavagem de dinheiro e até execução de criminosos rivais. As investigações mostram que o grupo criminoso movimentou, entre 2017, e 2020, mais de R$ 150 milhões com o tráfico de drogas e armas.
Policiais da Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) cumpriram também 39 mandados de busca e apreensão, oito deles, em endereços vinculados às advogadas. A polícia também conseguiu, na justiça, o bloqueio de quase R$ 50 mil em contras bancárias e apreendeu dois veículos de luxo, um deles blindado.