DEFESA

Advogado da perita de Caldas (GO) diz que ela tem problemas psiquiátricos severos

Para Demóstenes Torres, a Káthia Mendes não precisa de pena ou demissão, mas de tratamento

Advogado da perita de Caldas (GO) diz que ela tem problemas psiquiátricos severos (Foto: Reprodução)

Demóstenes Torres, advogado da perita criminal de Caldas Novas, Káthia Mendes Magalhães, disse ao Jornal O Popular que a cliente tem problemas psiquiátricos severos e que a Superintendência da Polícia Técnico-Científica de Goiás (SPTC) sabia do tratamento. Ela é acusada de forjar um atentado contra si mesmo no último dia 10.

Vale lembrar, a perita criminal foi baleada na altura da clavícula, em Caldas, na noite do último dia 10. Ela estava em seu carro no momento em que foi atingida, segundo a Superintendência da PTC. Bombeiros foram acionados para prestar os primeiros socorros e encaminharam a Káthia consciente para atendimento hospitalar, onde passou passou por cirurgia. Ela não corre risco de morte.

Para Demóstenes, em razão da condição dela, a perita não precisa de pena ou demissão, mas de tratamento. No máximo, aposentadoria por invalidez. Segundo o jurista, eles possuem as documentações para comprovar as alegações.

“Ela já vem fazendo tratamento há mais de dois anos de depressão e mais recentemente, uns quatro meses, de burnout. Conversei com um médico dela que aponta também transtorno bipolar. É um caso psiquiátrico completo”, disse ao jornal.

De acordo com ele, o atentado foi planejado para que ela pudesse sair da chefia, e não para ser removida de Caldas – como divulgado pelas autoridades -, uma vez que comprou casa na cidade, onde cuida do filho. Ele não informou se a cliente já foi liberada do hospital, onde passou por cirurgia.

Possível motivação foi “novidade” para secretário

Em coletiva, no último sábado (12), o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, afirmou que “a possível motivação era mudar de posto, para outra cidade. Em 40 anos de segurança pública, essa é novidade para mim, pela motivação”.

Marcos Egberto, superintendente da Polícia Técnico-Científica, informou que Khátia atuava de forma diligente, sem gerar problemas. De acordo com ele, a perita já tinha pedido uma remoção para Anápolis e, não sendo possível, a retirada do cargo de chefia.

A PTC, ele explica, atendeu o segundo e iria providenciar, com tempo, a remoção, uma vez que ela possui família em Anápolis. “Já estava construído com a servidora, atendendo. A remoção era questão de tempo, pois haveria concurso.” De acordo com ele, todo o grupo recebeu com surpresa a situação.

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