MAIS UM CASO?

Advogado diz que goiano preso nas Maldivas teve malas trocadas

A história é semelhante a das duas goianas que foram presas na Alemanha após terem etiquetas das malas trocadas no Aeroporto de Guarulhos

Mais um goiano preso no exterior pode ter sido vítima do esquema de troca de bagagem descoberta pela Polícia Federal no início do mês de abril deste ano. A história é semelhante a das duas goianas que foram presas na Alemanha após terem etiquetas das malas trocadas no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

O advogado João Ricardo Cardoso explica que Cristiano Rodrigues Silva Junior foi preso há cerca de um ano e meio nas Maldivas após desembarcar com uma mala cheia de cocaína. No entanto, ele afirma que a mala fora trocada, já que a bagagem despachada era preta e pesava 17 quilos e chegou no aeroporto daquele país com outra cor e 22 kg.

“Ele foi seduzido por uma proposta de ganhar US$ 2,5 mil para ser intérprete de uma moça, garota de programa nas Maldivas. Ao chegar lá ele foi pegar a mala que seria dela na esteira de bagagens. E constatou que a etiqueta que estava nessa mala tinha o nome dele e ele foi preso imediatamente pois os policiais encontraram 22 kg de drogas nela. Só que a mala nunca foi dele”, explica o advogado.

O goiano está preso sem julgamento desde então e, caso seja condenado, pode pegar prisão perpétua.

Outro caso

De acordo com a Polícia Federal, 20 kg de cocaína foram encontradas em malas que tinham etiquetas com os nomes de Kátyna Baía e Jeanne Paollini, no início de maio. No entanto, tudo indica – confirma a corporação – que os tickets foram trocados propositalmente por funcionários terceirizados do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

As goianas negam envolvimento com tráfico de drogas e a PF reforça que elas não têm perfil das chamadas “mulas do tráfico”. Elas ficaram presas por 38 dias, mas foram soltas após o envio de material de vídeo e perícia realizada pela Polícia Federal brasileira.