Cerca de 350 pessoas participaram de um ato público em defesa da manutenção do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em Goiás na manhã desta quinta-feira (21/07) em frente a sede do órgão, no Setor Bueno, em Goiânia. A manifestação, que contou com o apoio de 10 entidades ligados ao Judiciário Trabalhista e entidades sindicais, tem o objetivo de alertar a sociedade sobre o risco de fechamento da unidade.
A mobilização, que durou cerca de duas horas, terminou com a leitura de uma carta que pede a retirada do corte orçamentário do TRT. Este ano, a Justiça do Trabalho sofreu um corte drástico de 30% no orçamento para as despesas de custeio e de 90% nas verbas destinadas a investimentos.
Apesar de o governo federal ter aberto, no último dia 13, um crédito extraordinário para socorrer a Justiça do Trabalho, o valor destinado ao TRT de Goiás, cerca de R$ 960 mil, não é suficiente para atender a necessidade financeira do Tribunal e garantir seu funcionamento até dezembro deste ano. O presidente do TRT, desembargador Aldon Taglialegna, alertou que o atendimento à população pode ser suspenso a partir de outubro, caso não haja mais recursos para custeio das despesas básicas do tribunal, como água, energia e segurança.
A carta será enderaçada ao ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, e para o ministro interino do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira. Os manifestantes também garantiram que um cópia do documento será enviada para o presidente interino Michel Temer e para a presidência da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
O ato público foi organizados pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás e teve o apoio da Associação dos Magistrados do Trabalho da 18ª Região (Amatra18), Ministério Público do Trabalho da 18ª Região (MPT-GO), Associação dos Advogados Trabalhistas de Goiás (Agatra), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Associação dos Servidores da Justiça Trabalhista do Estado de Goiás (Asjustego), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT).