Santa Helena de Goiás

Agente penitenciário é feito refém de presos que tentavam execução

Criminosos renderam o homem durante a madrugada da virada de ano. Situação já está sob controle em presídio e servidor não corre risco de morte

Pelo menos um agente penitenciário teria sido feito refém em uma das alas da cadeia de Santa helena de Goiás, que fica a 200 quilômetros de Goiânia. As informações iniciais eram de que seriam dois os feitos reféns, mas a Polícia militar confirmou apenas uma vítima. A intenção dos presos, segundo levantamento de dados das polícias militar e civil, aponta para uma tentativa de execução em outra ala do presídio, o que teria gerado a confusão. O agente já foi libertado e não corre risco de morte.

Os presos estariam tentando ir de uma ala a outra, para tentar fazer a execução de outro encarcerado, de uma facção rival. De imediato o Grupo de Operações Penitenciárias de Goiás (Gope) foi acionado e chegou à cidade para fazer as negociações e contagem dos presos. Nenhum dos criminosos fugiu.

Seis presos foram transferidos para outras unidades prisionais e uma das alas ficou danificada. Com a danificação, a ala será fechada para uma reforma, que já deve iniciar de imediato. O superintendente de Administração Penitenciária de Goiás, Newton Castilho, está a caminho da cidade neste momento.

 

FUGAS

No ano de 2017, um total de 392 detentos fugiram de presídios goianos. Segundo informações da Superintendência Executiva de Administração Penitenciária (Seap), apenas 147 desses presos foram recapturados, o que corresponde a 38% dos foragidos.

Houve, no total, 89 eventos de fugas nas unidades prisionais da Seap. O feriado de Natal, por exemplo, foi marcado por três fugas no Estado, com 39 presos foragidos dos municípios de Jaraguá, Águas Lindas e Inhumas.

 

NOTA SEAP

A Superintendência Executiva de Administração Penitenciária (Seap) informa que, no início da madrugada desta segunda-feira (1º/01/2018), por volta de 00h15, um agente de plantão foi rendido na unidade prisional de Santa Helena.

Em seguida houve tumulto na ala A, onde presos tentaram invadir a ala B com a intenção de executar vingança motivada por rixas anteriores. Os presos da Ala B reagiram e começaram a quebrar os cadeados da celas.

Os demais servidores de plantão na unidade acionaram a Polícia Militar, que deu apoio na área externa da unidade, e o Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (Gope) que efetuou a liberação do servidor feito refém.

Após procedimentos de contenção, nove presos que se feriram foram encaminhados para atendimento na enfermaria do presídio e retornaram em seguida para suas celas.

Seis presos identificados como autores do motim foram recambiados para o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia para cumprir Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).

Foi aberto procedimento administrativo para apuração dos fatos.