Alexânia

Além do atirador e comparsa, mais duas pessoas são indiciadas pela morte de Raphaella

Suspeitos teriam vendido a arma utilizada no crime. A jovem foi assassinada no último dia 6 dentro do Colégio Estadual 13 de Maio, que fica em Alexânia, na região do Entorno do Distrito Federal

A Polícia Civil indiciou quatro pessoas pela morte da adolescente Raphaella Noviski, de 16 anos. A jovem foi assassinada no último dia 6 dentro do Colégio Estadual 13 de Maio, que fica em Alexânia, na região do Entorno do Distrito Federal. A vítima recebeu 11 disparos realizados por Misael Pereira de Oliar, de 19 anos, que, segundo a investigação, nutria ódio pela vítima.

Além de Misael, Davi José de Souza, de 49 anos, também foi detido no dia do crime por auxiliar o atirador a fugir do local. A delegada Rafaela Azzi explica que Wilkennedy Gomes dos Santos e José Alberto Moreira dos Santos, que não tiveram a idade divulgada, são suspeitos de terem vendido a arma usada por Misael e, por isso, também foram indiciados.

“Localizamos os suspeitos e eles nos relataram que não sabiam que Misael iria matar a adolescente. Eles responderão por venda irregular de arma de fogo, que tem pena de 4 a 8 anos de prisão mais multa”, destaca Rafaela.

Crime

Misael entrou no colégio pulando o muro por volta das 7h35, com a arma em mãos e utilizando um mascara. Ele encontrou Raphaella em uma sala de aula e disparou contra a jovem, que morreu na hora. Ele conseguiu fugir, mas foi detido pouco depois por policias militares.

Nos primeiros depoimentos à Polícia Civil, o acusado não demonstrou arrependimento e alegou que sentia ódio pela vítima. Raphaella, segundo parentes, evitava Misael nas redes sociais. Após audiência de custódia, Misael já declarou estar arrependido do crime e confessou que no dia do crime entrou em contato com a vítima e lhe fez ameaças.

Raphaella foi enterrada na terça-feira (7), no Cemitério Campo da Saudade. O velório aconteceu na igreja frequentada pela família, Assembleia de Deus Ministério Madureira.

O suspeito ainda alegou que tentou conversar com a vítima sobre o seus sentimentos reprimidos, mas que, por ser ignorado, acabou praticando o crime. Misael, juntamento com Davi, foram indiciados por feminicídio. A pena pode chegar a 30 anos de prisão. Ele continua detido no Presídio de Alexânia