Alta em alimentos e medicamentos faz a inflação fechar em 0,49% em Goiânia
No ano, a inflação acumulada chega a 3,89% e nos últimos 12 meses a 11,20%
A inflação de Goiânia, do mês de abril, voltou a subir, surpreendendo os técnicos do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB) da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan). O índice chegou a 0,49%, acima da taxa de março (0,37%), pressionada pelos novos aumentos dos alimentos e dos medicamentos.
No ano, a inflação acumulada chega a 3,89% e nos últimos 12 meses a 11,20%. Segundo o gerente de Pesquisas Sistemáticas e Especiais do IMB/Segplan, economista Marcelo Eurico de Sousa, os grupos de alimentação e de saúde e cuidados pessoais responderam por 84% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Goiânia, no mês passado. Ele lembra que o aumento médio dos medicamentos foi de 12,5%, autorizado pela Anvisa, e que isso pesou e vai continuar pesando muito no bolso dos consumidores. Cita como exemplo a alta de 8,35% dos anti-infecciosos e de 6,93% dos analgésicos, de 10,73% dos antialérgicos e de 6,27% dos hormônios.
No grupo alimentação os produtos que mais pesaram foram a batata inglesa (18,81%), o feijão carioca (5,06%), o pão francês (4%), a carne bovina, corte lagarto (6,75%), melancia (12,94%) e o leite ULV (2,05%). Na alimentação fora de casa ficaram mais caros o salgadinho (2,94%) e o sanduíche misto/bauru (1,64%).
Móveis
No grupo artigos residenciais os maiores aumentos de preços foram verificados no conjunto de estofado (7,06%), cama de solteiro (4,22%), televisor (4,12%), lençol de casal (4,67%) e manutenção de aparelhos domésticos (4,75%). Nos transportes foram registradas altas nos preços de motocicleta (6,09%) e de bicicleta (7,95%).
De acordo com as estatísticas do IMB/Segplan, em abril, também pesaram na inflação de 0,49% os reajustes dos itens do grupo vestuário como camisa masculina (4,74%), sapato masculino (6,54%), óculos sem grau (10,17%) e bolsa feminina (6,60%). No grupo comunicação foi registrado aumento no preço dos serviços de telefonia celular pré-pago (5,48%) e pós-pago (2,48%). Na educação, verificou pequeno reajuste de preço no item artigos de papelaria (1,12%).
O índice da inflação de Goiânia do mês de abril foi, mais uma vez, contrabalanceado pelo grupo da habitação (-0,52%) que contribuiu para desacelerar o indicador. O destaque foi o item energia elétrica que diminuiu -2,70%, devido à exclusão na cobrança da bandeira tarifária. Em despesas pessoais ocorreram menores preços em brinquedos (-2,09%) e cigarro (-0,74%). Dos 205 produtos/serviços pesquisados mensalmente pelo IMB/Segplan, 111 apresentaram elevação, 31 ficaram estáveis e 63 tiveram variação negativa.
Cesta básica
Em abril, o valor da cesta básica para o trabalhador goiano que ganha um salário mínimo (R$ 880,00) por mês, subiu 0,32%, porém, no ano chegou a 6,84% e no acumulado de 12 meses a 19,30%. Para comprar os 12 itens da cesta foram necessários R$ 341,14.
Os produtos que tiveram reajustes no mês passado foram: leite (2,05%), feijão (3,84%), legumes/tubérculos (0,71%) e pão (4%). Ficou estável o preço do açúcar e tiveram queda as cotações de carne (-0,98%), arroz (-0,78%), farinha/massa (-0,32%), café (-0,58%), margarina (-2,70%), óleo (-0,87%) e frutas (-6,04%).