Alunos de 77% das cidades goianas têm dificuldade para ver aulas na internet
Obstáculo mais citado pelos gestores é o fato dos alunos não contarem com aparelho celular ou computador
Uma pesquisa realizada pela Federação Goiana de Municípios (FGM) mostrou que, de 191 municípios de Goiás, 148 revelaram ter dificuldades na questão de conectividade dos alunos com a internet nas aulas remotas durante a pandemia. O número representa a existência de dificuldade em 77,64% das cidades pesquisadas. O obstáculo mais citado pelos gestores é o fato dos alunos não contarem com aparelho celular ou computador.
A pesquisa, divulgada nesta sexta-feira (19), foi feita a pedido do Gabinete de Articulação para Enfrentamento da Pandemia na Educação Pública de Goiás (Gaepe-GO), sobre as dificuldades enfrentadas pelas administrações municipais na operacionalização da educação no período de pandemia e de Regime de Atividades Não Presencias (REANP) nas escolas da rede municipal.
A FGM perguntou a 191 administrações municipais: “O município apresenta dificuldade com a conectividade dos alunos, quanto ao acesso às aulas remotas?”. Desses, 148 municípios responderam Sim, 20 responderam Não e o restante respondeu Outros, o que, conforme a federação, significa que enfrenta algum grau de dificuldade.
De acordo com a pesquisa, para os que responderam Sim, a maior dificuldade enfrentada é o cenário em que alunos não possuem aparelho de celular ou computador para as aulas. O segundo motivo mais citado foi o problema com o sinal de internet no município e o terceiro, a falta de experiência dos pais no manuseio de tecnologias.
Governo federal vetou internet para alunos e professores
Foi publicado hoje, no Diário Oficial da União, o veto integral do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao projeto que havia sido aprovado no Congresso que garantia internet grátis para alunos e professores da rede básica de educação.
O projeto determinava o repasse de R$ 3,5 bilhões aos estados. Com esses valores, os governadores deveriam comprar recursos como planos de internet móvel e tablets para professores e alunos. Bolsonaro justificou o veto com a alegação de “dificuldades financeiras”.