Manifestação

Ambulantes da Avenida 44, em Goiânia, reivindicam direito de trabalhar regularmente

Há cinco semanas os comerciantes não podem atuar no local. Manifestações devem continuar até que problema seja resolvido

Cerca de 400 ambulantes protestaram, na manhã desta sexta-feira (5), contra a proibição de vendas na região da 44, em Goiânia. Os camelôs tentam negociar com a Prefeitura o direito de trabalhar regularmente em um espaço nas redondezas das feiras Hippie e da Madrugada . Há cinco semanas os comerciantes não podem atuar no local. Até o momento sem respostas, associação afirma que manifestações devem continuar até que o problema seja resolvido.

Caso haja um acordo, os trabalhadores terão que pagar impostos e taxas pelo espaço, montagem, segurança e iluminação como os outros feirantes. Conforme a presidente da Associação dos Camelôs e Ambulantes da Regiao da 44, Fabiana de Paula, os trabalhadores se reuniram para pedir para trabalhar.

“Tem gente que não tem nada na geladeira. O que estamos pedindo é direito de trabalhar. Os guardas batem nos trabalhadores e tomam a mercadoria. Estão nos tratando como bandidos. A situação está insustentável”, afirma.

De acordo com Fabiana, o impasse é sobre o espaço oferecido pela Prefeitura de Goiânia. “Eles querem que fiquemos na rua 67A, no fundo do Fujioka. O grande problema é que dessa forma ficamos isolados do restante da feira. Os clientes não vão até onde querem nos colocar. Dessa forma vamos ficar prejudicados”, critica. De acordo com ela, a Prefeitura também ofereceu um espaço próximo à pecuária, o que também foi negado pelos ambulantes devido à distância e possíveis gastos com transporte.

Proposta

A proposta dos camelôs é de ocupar as proximidades das Avenidas 44 e Contorno. O objetivo era trabalhar nas calçadas de ruas adjacentes. No entanto, o pedido foi negado. Depois de três reuniões não houve entendimento entre os ambulantes e a Prefeitura.

“Tem muita gente querendo ficar dentro da legalidade e associação está atuando em prol dessas pessoas. Estamos lutando por quem quer que a situação seja resolvida. Entra ano e sai ano e somos tratados como bandidos. Somos pais de família e essa é nossa sobrevivência”, explica.

Por meio de nota, a Prefeitura se limitou a informar que os ambulantes não têm autorização para vender no local, pois que é uma atividade irregular. “Eles sempre foram fiscalizados e agora está tendo uma força tarefa na região. A fiscalização está sendo intensificada com Guarda e Polícia”. Ainda segundo o texto,  “a ocupação do espaço está sendo feita pelo poder público para manter a ordem”.