Ameaça de genro leva sogra à morte em Inhumas, diz polícia
Homem não aceitava fim do relacionamento e foi até a casa mulher em busca da ex-companheira
A Polícia Militar (PM) de Goiás prendeu um homem suspeito de causar a morte da sogra, em Inhumas. A mulher teria passado mal após o genro ameaçar ela e a filha, na quinta-feira (13), por não aceitar o fim de relacionamento.
Lúcia Helena Rosa Lino tinha 57 anos e era hipertensa. O suspeito, Rodrigo Alves Primo, passou por audiência de custódia e foi mantido preso, conforme a advogada dele, Fabiana da Silva, ao G1.
Ela afirmou, ainda, que ele lamenta a morte da sogra e que está abalado. Disse, ainda, que “a verdade real dos fatos será, em tempo oportuno, devidamente esclarecida no bojo do processo judicial”.
Caso
A filha de Lúcia e irmã da ex-companheira de Rodrigo, Amanda Rosa Lindo, conversou com o G1. Segundo ela, o casal teve uma briga no dia anterior e a mulher saiu de casa, indo para a residência da mãe, no setor Teodoro Alves Rezende.
O homem, que não aceitava o término, foi até a casa da sogra com o pretexto de ter uma conversa amigável. Ao chegar no local, ele passou a ameaçar a família com uma arma e até fez um disparo para cima.
“Ele chegou na porta da casa da minha mãe com a arma na mão. Atirou uma vez e não acertou ninguém. Minha irmã me ligou desesperada pedindo ajuda. Eu desci para lá [com o marido] e, quando cheguei, ele já estava enforcando minha mãe e com a arma no ouvido dela, falando que iria matá-la”, disse Amanda ao veículo de comunicação.
A mãe delas, então, começou a reclamar de dores no peito e pediu que o genro a deixasse tomar o remédio. Logo depois, houve uma briga e Rodrigo foi contido, enquanto a família chamou a PM.
Os policiais conseguiram prender o suspeito, enquanto os vizinhos levavam Lúcia para a Unidade Básica de Saúde (UBS) João Ribeiro de Castro Sobrinho. No local, eles disseram que a mulher sofreu um infarto e, 20 após massagem cardíaca de equipes dos Bombeiros e Samu, ela morreu.
Lúcia deixou duas filhas e três netos.
A Polícia Civil investiga o caso e Rodrigo pode responder por feminicídio, ameaça contra mulher e lesão corporal. E, ainda, disparo de arma de fogo em via pública.
Nota da defesa de Rodrigo:
“A defesa do Sr. Rodrigo lamenta profundo pesar pelo falecimento da senhora Lúcia. O Sr. Rodrigo encontra-se muito abalado com o ocorrido.
Esclarecemos que a verdade real dos fatos será em tempo oportuno devidamente esclarecida no bojo do processo judicial.
Vale ressaltar que o Sr. Rodrigo é réu primário, possui trabalho lícito e com conduta ilibada até o ocorrido.
Além do mais, é importante frisar que qualquer conclusão nesse momento é meramente especulativa e temerária.”