Amigos são espancados ao tentarem socorrer mulher de briga em Pirenópolis
Uma das vítimas diz que irá tomar providências contra o estabelecimento. Dona do bar afirma que o espaço estava alugado e responsabilidade é dos organizadores do evento
Dois homens foram agredidos ao tentarem socorrer uma mulher de uma briga em um bar de Pirenópolis, no final de semana. Vítimas tiveram ferimentos como cortes na cabeça e escoriações pelo corpo depois de serem atingidos por socos, chutes e até bistrôs de madeira. Caso ocorreu na madrugada do último domingo (16). Agredidos afirmam que não tiveram assistência necessária do estabelecimento. Proprietária do estabelecimento, por sua vez, afirma que o espaço estava alugado para terceiros, que deveriam se responsabilizar por toda a segurança da festa.
Um dos agredidos é morador e professor na cidade turística e terá a identidade preservada. Ele relatou à equipe de reportagem do Mais Goiás que ele e o amigo, também vítima de agressão, não estavam na festa e passaram no bar apenas para buscar a irmã de uma amiga que estava no local.
Após encontrarem a mulher eles estavam prontos para ir embora, mas foram surpreendidos por uma briga. “Havia duas mulheres brigando e uma delas jogou uma garrafa de vidro na cabeça da outra. Foi aí que se iniciou a briga generalizada. Nós vimos uma dessas moças no chão, sendo agredida pela turma da outra mulher. Meu amigo, então, resolveu ajudar ela a se levantar para não apanhar ainda mais”, conta.
De acordo com ele, ao ajudar a mulher caída, um grupo de pessoas se virou contra o amigo. “Ele começou a ser duramente agredido por muitas pessoas e eu entrei para ajudá-lo. Vi que iriam matá-lo e, então, tentei defendê-lo. A turma toda se voltou contra nós e começou a nos bater”, disse.
Sem ajuda
O homem relata que, durante toda a briga, nenhum segurança do local tentou contornar a situação. Nem mesmo o som foi desligado, segundo ele. A vítima diz, ainda, que o bar não deu nenhuma assistência. “Não chamaram socorro e não nos ajudaram em nada. Pedimos para sair pelos fundos para evitar represálias e foi a maior discussão porque eles não queriam deixar. Foram minutos de terror”.
As vítimas ainda não conseguiram registrar boletim de ocorrências na Polícia Civil (PC), já que a delegacia de Pirenópolis não tem plantão aos finais de semana e durante a madrugada. Eles devem, nesta terça-feira (18), expedir um laudo médico no hospital onde foram atendidos e seguirão para a delegacia.
Para o professor, a revolta maior é com o estabelecimento. “É um ambiente que você imagina ser seguro, mas que não tem o mínimo de segurança. Havia menores de idade bebendo e visivelmente drogados. Há relatos de outras brigas e consumo de drogas explícito no banheiro do local. Vamos tomar providências contra a casa”, ressaltou.
Vítimas pediram para não serem identificadas (Foto: reprodução)
O outro lado
Em entrevista ao Mais Goiás, a proprietária do Buteko do Chaguinha Pirenópolis, Thays Pinheiro Rodrigues Siqueira, afirmou que a festa não possuía qualquer envolvimento com o bar. O espaço, segundo ela, foi alugado para a realização da Festa 062 e a responsabilidade com segurança, limpeza e outros serviços era dos organizadores do evento.
Conforme relata a mulher, os proprietários da casa de festa estavam presentes no local e já tinham solicitado para que o som fosse desligado antes da briga, já que o horário estabelecido em contrato havia extrapolado. “Nós também já tínhamos sugerido uma equipe de segurança nossa, que tem experiência, mas o organizador optou por não contratar”.
“A empresa não é conivente com esse tipo de situação, é algo realmente lamentável. A gente nunca espera que isso aconteça. Nós estamos dando todo o apoio à família do rapaz prejudicado e vamos junto com ele à delegacia para abrir um processo e identificar os autores. Queremos resolver a situação da melhor forma possível”, informou.
Este portal de notícias também tenta contato com o responsável pela festa. O espaço está aberto para pronunciamento.