“A gente não vai conseguir trabalhar”, lamenta motorista de aplicativo em Anápolis
Os motoristas de aplicativos de Anápolis estão desanimados com o novo aumento dos combustíveis. A…
Os motoristas de aplicativos de Anápolis estão desanimados com o novo aumento dos combustíveis. A decisão anunciada na última segunda-feira, (25), pela Petrobras desanimou a classe que já passa por dificuldades para ter uma renda em diversas plataformas.
Wendell Costa é motorista de aplicativo na cidade e demonstra preocupação com os preços ofertados em alguns postos onde a gasolina está acima de 6,87. “Vai chegar o ponto, da gasolina ser a 10 reais e a gente não vai conseguir trabalhar. A empresa não reajusta a tarifa e muita gente que tira a renda disso já parou ou pensa nessa possibilidade”, reclama Costa.
“Eu tenho notado muita desistência, muitos passageiros que eu pego são motoristas de aplicativo que não conseguiram arcar com esses aumentos consecutivos e tornaram a profissão inviável” , relata Rosa Laura, motorista de aplicativo que tem aumentado sua jornada de trabalho para continuar com esse trabalho.
Ao Mais Anápolis, a Associação de Motoristas de Aplicativos (AMAPA), confirmou o problema e reforçou a perda de apoio da classe por conta dos aumentos consecutivos. “Por conta desses aumentos e o não reajuste da tarifa, muitos motoristas desistiram, e os que estão não têm tido interesse em lutar pelos seus direitos” explicou Rodrigo Bastos presidente da associação.
De acordo com a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA ), 30 mil carros de aluguel foram devolvidos pelos motoristas de aplicativo no país, nos últimos 3 meses. Também por conta dos combustíveis, a cerca de um mês a Uber e 99 anunciaram aumento dos valores repassados aos condutores. A 99 anunciou aumento de 10% a 25% e a Uber de 10% a 35%, a depender da demanda, local e horário.
Usuário é prejudicado
A estudante de jornalismo, Bruna Ariadne, contou à reportagem que tem encontrado dificuldades para achar motoristas disponíveis. Ela usa muitos aplicativos para se deslocar entre os estágios e a sua casa. “Eu tento fugir dos horários de pico, peço uns 10 minutos antes de sair do local, e, ultimamente, tem demorado muito para encontrar carros disponíveis. Quando acha algum, eles ainda cancelam por conta da rota”, explicou a estudante desanimada.
Por @lucasalmeidajor repórter do Mais Anápolis