Após criticar autistas, maquiadora de Anápolis terá que pagar R$ 10 mil e prestar serviços
A maquiadora e influencer de Anápolis, Larissa Heringer Rosa, que questionou em vídeo a necessidade…
A maquiadora e influencer de Anápolis, Larissa Heringer Rosa, que questionou em vídeo a necessidade de vagas para autistas, aceitou o acordo indenizatório de reparação de danos proposto pelo Ministério Público de Goiás (MPGO). Ela deve pagar R$ 10 mil à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e prestar serviços à comunidade.
Quanto aos serviços prestados à comunidade, a blogueira comprometeu em estar no local indicado pelo Juízo da Execução, pelo período de 360 horas, sendo, no mínimo, 4 horas por semana.
Por fim, a influencer de Anápolis deverá publicar em seu perfil no Instagram (na aba de Stories) uma retratação pública acerca do ocorrido, desculpando-se com todos que se sentiram ofendidos em razão de sua publicação.
Ainda no acordo, Larissa Rosa admitiu a prática, previsto no artigo 88, parágrafo 2º, da Lei 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), o qual define como crime “incitar discriminação de pessoa em razão de sua deficiência”, cuja pena prevista é de 1 ano de reclusão.
Segundo o promotor de Justiça Lauro Machado Nogueira, titular da 41ª Promotoria de Justiça de Goiânia, a investigada reunia os requisitos para celebração do acordo e não ser condenada à prisão.
Confira os requisitos:
– delito cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa,
– não revele hipótese de arquivamento,
– confissão formal e circunstanciada da prática,
– definição de medida necessária e suficiente para reprovação e prevenção do crime.
Relembre o caso
Em junho deste ano, Lari Rosa viralizou nas redes sociais após questionar a necessidade de vagas especiais para autistas. O caso aconteceu em um shopping de Goiânia.
Nos stories do Instagram, destinado para amigos próximos e que foi vazado, a blogueira questiona a necessidade da vaga para autistas.
“Agora tem vaga exclusiva para autista, eu quero saber quando vai ter vaga para gorda estressada”, questiona a blogueira.
No vídeo seguinte, a mãe da blogueira ainda tenta parar a filha e pedir para ela parar de questionar a vaga com exclusividade. A blogueira insiste e expõe mais um comentário, desta vez homofóbico. “Nenhum problema com os autistas, por conta do colorido eu achei que era vaga de viado”, expressa.