Clínica de recuperação em Goianápolis é interditada e enfermeiro é preso, diz Polícia Civil
Segundo as investigações, quatro internos relataram que permaneciam no local contra a própria vontade, ou seja, em cárcere privado.
A Polícia Civil (PC) deflagrou a Operação Resgate que constatou diversas irregularidades em uma clínica de recuperação para dependentes químicos de álcool e drogas em Goianápolis. De acordo com as investigações, além das condições irregulares no local, alguns internos sofriam a prática de cárcere privado. A Clínica Caicam foi interditada na manhã de quarta-feira (20) e um técnico de enfermagem foi preso em flagrante.
Segundo as investigações, a clínica apresentava péssimas condições sanitárias, ausência de alojamento individual para os internos e o alvará de funcionamento havia expirado. De acordo com a PC, quatro internos relataram que permaneciam no local contra a própria vontade, ou seja, em cárcere privado.
“Na clínica não havia um controle rígido da documentação e dos prontuários médicos dos 10 (dez) pacientes internados, e além disso constatamos que o ambiente era bastante abafado. O local estava travestido em um hospital de pessoas com doenças mentais, pois aproximadamente cinco internos possuíam problemas psiquiátricos, e isso deve ser combatido”, explicou o delegado Rodrigo Arana Vargas, titular da Delegacia de Polícia Civil de Goianápolis, em entrevista ao Mais Goiás.
Prisão
De acordo com PC, um técnico de enfermagem responsável pelos internos foi preso pelos crimes de cárcere privado, exercício ilegal da profissão e desobediência.
“Arbitramos uma fiança de R$ 3 mil que foi paga, e esse técnico de enfermagem responde o procedimento em liberdade. O proprietário da clínica não foi no ato da fiscalização e aguardamos sua apresentação espontânea no prazo de 30 dias para responder as acusações referentes ao caso”, concluiu o delegado.
O delegado afirma que após a interdição da clínica os internos foram entregues para seus familiares.
Ação Conjunta
A ação contou com a participação da Polícia Militar, Secretaria de Saúde de Goianápolis, Vigilância Sanitária e o Grupo de Capturas e Apoio Operacional (Caop) da Polícia Civil de Anápolis.