Dono de clínica de reabilitação é preso por suspeita de cárcere privado em Anápolis
Duas clínicas da cidade foram alvos da ação coordenada pela Polícia Civil. Um dos locais foi interditado e um interno detido
Um proprietário de clínica de reabilitação de dependentes químicos foi preso por suspeita de manter pessoas em cárcere privado, em Anápolis. Segundo relato de testemunhas à Polícia Civil, muitos internos eram mantidos na unidade de forma involuntária, mesmo sem decisão judicial. Ainda durante a ação, policiais prenderam um interno que tinha um mandado de prisão aberto. Duas clínicas foram alvos da ação na última terça-feira (26). Um dos locais foi interditado pela Vigilância Sanitária.
Segundo a Polícia Civil, em uma clínica no Bairro Sítio de Recreio Americanos do Brasil, havia o cumprimento dos requisitos necessários para funcionamento e realização de internações de dependentes químicos, inclusive internações involuntárias. De acordo com a corporação, o responsável pela clínica foi notificado pela Vigilância Sanitária apenas para adequação de documentação junto ao órgão.
Em continuidade à força-tarefa, as equipes visitaram uma outra clínica, localizada no bairro Jardim Promissão, na qual havia denúncias de que internos eram mantidos de maneira involuntária. De acordo com PC, foi constatado que internos eram mantidos no estabelecimento de maneira involuntária, sendo que alguns foram levados à força para o interior da clínica por monitores da unidade.
Flagrante
O coordenador responsável pela clínica, que não teve o nome divulgado, foi preso em flagrante pelo crime de cárcere privado. Ainda durante a ação, um dos internos tinha um mandado de prisão em aberto, nisso o mandado foi cumprido e o preso encaminhado à Unidade Prisional de Anápolis, onde ficará à disposição do Poder Judiciário.
Por fim, conforme apurado, diante das irregularidades sanitárias o estabelecimento foi interditado pela Vigilância Sanitária, e os internos foram acolhidos pela assistência social do município e encaminhados para suas famílias.
Força-Tarefa
Além da Polícia Civil, houve a participação do Ministério Público, 28º Batalhão da Polícia Militar, Vigilância Sanitária, Assistência Social do Município de Anápolis, e Conselho Regional de Psicologia.