Família se muda e abandona cães em rua de Anápolis
MPGO abriu procedimento administrativo para acompanhar o funcionamento da rede de proteção animal em Anápolis
Uma família se mudou e deixou para trás seis cachorros pequenos, em Anápolis. Os animais foram abandonados em uma caixa de papelão sem comida e água há 10 dias, na rua José Bonifácio, no bairro São Lourenço. Desde então, é o produtor de vídeo Edson Nunes quem temporariamente cuida dos filhotes.
Edson não pode adotar os cães, mas tem feito o que pode. Diariamente, ele leva água e ração para os cachorros. “O abandono de animais é recorrente não só em Anápolis. Mas na cidade, a gente vê muito cachorro nas ruas. As pessoas perderam a sensibilidade“, lamenta. Para adotar, entre em contato com Edson pelo telefone 62 9918-9172.
Para o produtor de vídeo, não se educa somente seres humanos, animais também. “É preciso planejar gastos com veterinário, ração, e seu tempo mensal, seu amor. Tem que ficar com os olhos em cima. Tem que dar educação, não é só para os filhos, para os pets também”, afirma.
Atuação do Ministério Público sobre abandono de cães em Anápolis
Recentemente o MPGO abriu um procedimento administrativo para acompanhar o funcionamento da rede de proteção animal em Anápolis. De acordo com a vereadora e defensora da causa animal Seliane dos Santos (MDB), é um dever de todo cidadão e do poder público proteger e defender a causa.
“Não tenho medido esforços para implantação de uma delegacia especializada em maus-tratos de animais. Outro fator importante para resolução do abandono é a criação do abrigo municipal”, diz. A parlamentar lamenta em uma cidade de quase 400 mil habitantes existir apenas um canal de denúncia.
Ela afirma que a realidade do abandono de animais nas ruas de Anápolis é inaceitável. “Hoje temos apenas um único canal que é o 197 para população denunciar. Dói ver tantos animais jogados à míngua sem direito aos cuidados necessários”, pontua.
Abandonar ou maltratar animais é crime previsto em Lei Federal. A nova legislação aumentou a pena de detenção que era de até um ano para até cinco anos. O trâmite processual também mudou. Passou do juizado especial para vara criminal.