Homem é morto dentro de presídio no dia em que ia ser solto, em Goianápolis
Família alega que já estava com alvará de soltura do homem desde a quarta-feira (20)
A família de Reginaldo Pereira da Silva, 37, tenta entender o verdadeiro motivo pelo qual o homem foi morto justo no dia em que ia receber liberdade da Unidade Prisional de Goianápolis na manhã desta sexta-feira (22). Segundo a irmã de Reginaldo, Rosângela Pereira, o irmão era inocente e o pedido de soltura estava protocolado desde a última quarta (20) e que por conta do feriado, ele seria solto nesta sexta (22).
Reginaldo Pereira, teria sido preso por maus-tratos de um cachorro em Nerópolis e transferido em seguida para o complexo prisional de Goianápolis.
“O cachorro nem era dele, ele estava tratando do animal para o enteado. O delegado achou o cachorro magro demais e já fez questão de transferi-lo para o presídio, e o alvará foi expedido na terça (19) e ele seria solto hoje (22), por conta do feriado”, lamenta a irmã.
Em decisão emitida pelo Tribunal de Justiça de Goiás, o Juiz Andrey Máximo alegou que o homem poderia responder ao processo em liberdade, devido não ter nenhuma passagem ou materialidade quanto ao crime que cometeu.
Por meio de nota, a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que cumpriu as devidas providências relacionadas à morte de Reginaldo Pereira da Silva. Relatou ainda que o detento foi encontrado passando mal dentro de uma das celas e que de imediato, foram realizados os primeiros atendimentos médicos e em seguida encaminhado à unidade de saúde. Local em que foi atestado o óbito.
Por fim a DGAP relatou que foram realizadas as devidas comunicações às autoridades policiais, além da abertura de procedimentos administrativos internos.
No laudo do IML, concedido pela família da vítima ao Mais Anápolis com exclusividade, a causa da morte apontada foi Traumatismo Craniano. E agora os parentes querem entender o que teria causado o trauma.
A reportagem questionou a diretoria quanto ao alvará de soltura que estava em aberto no sistema do Tribunal de Justiça e porque ele ainda não tinha sido cumprido. Sobre isso a DGAP ainda não se manifestou. O espaço segue em aberto.