“O prefeito reconheceu que a saúde tem problemas”, diz presidente do sindicato dos médicos de Anápolis

A Prefeitura de Anápolis e o Sindicato dos Médicos (Simea) devem entrar em acordo sobre os entraves da saúde na cidade. O prefeito Roberto Naves (PP) e o presidente da associação, Márcio Cunha de Paiva, se reuniram com demais representantes no final da tarde dessa segunda-feira (25), no gabinete do chefe do executivo municipal. O objetivo do encontro foi buscar soluções para as reivindicações da categoria.

De acordo com o presidente do Simea, Márcio Paiva, o ponto principal para uma negociação seria a volta dos médicos das unidades básicas que foram descredenciados por adesão à greve. “O prefeito reconheceu que a saúde tem problemas e se prontificou a conversar com grupos de médicos”, afirmou ao Mais Anápolis.

A reunião já surtiu efeito. De acordo com o vereador José Fernandes (PSB), em entrevista ao repórter Evaristo Pereira, da Rádio São Francisco, ficou acertado a volta das gratificação e o recredenciamento de médicos demitidos. “Também foi discutido o avanço das comissões e sobre as particularidades dos agendamentos”, afirmou.

Nesta terça-feira (26), às 18 horas, Roberto Naves receberá, no mesmo local, médicos cirurgiões que vão apresentar demandas e discutirá novas soluções. “Durante a semana vamos nos reunir. Na quarta, provavelmente será com os médicos da atenção básica”, disse Márcio Cunha.

Sindicato dará voto de confiança ao prefeito

De acordo com o presidente do Simea, o prefeito se prontificou a assinar a ata da reunião, o que até a manhã desta terça ainda não havia ocorrido, segundo ele. “Vamos permanecer em ‘estado de greve’ dando um voto de confiança para o prefeito”, afirmou. Participaram da reunião, assessores; representante da saúde do município; da Associação Médica de Anápolis; vereadores; e conselheiro do Conselho Regional de Medicina de Goiás (CRM).

A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) ainda não se pronunciou sobre a reunião. O Mais Anápolis entrou em contato com a pasta e aguarda retorno. No início de outubro, uma nota assinada pelo secretário de Saúde, Júlio César Espindola, afirmou que o diálogo iria prevalecer “sobre quaisquer outros interesses”.