Flagrante

Polícia Civil prende proprietários de clínica que praticava maus-tratos contra internos, em Anápolis

"Eles foram presos em flagrante pelo crime de cárcere privado na modalidade qualificada", destacou o delegado Jefferson Matson.

Ação conjunta foi realizada na manhã de quinta-feira (29). (Foto: Divulgação/28ºBPM)

A Polícia Civil prendeu os proprietários da clínica de reabilitação Luminnus, denunciada por prática de maus-tratos e tortura contra os internos, em Anápolis. Eles poderão responder pelo crime de cárcere privado. O estabelecimento foi interditado na manhã de quinta-feira (29) após ação conjunta do Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Militar, Vigilância Sanitária, e os conselhos de psicologia e saúde mental.

A clínica fica instalada na região das Chácaras de Recreio Mansões do Planalto, próximo à BR-414. Cerca de 50 internos, dentre eles alguns menores de idade, viviam em condições precárias e de forma involuntária no local.

“Alguns pacientes da clínica relataram que eram mantidos no local de forma compulsória, recebiam má alimentação e dose forte de medicação que os deixavam dopados todos os dias. Os que se negavam a tomar a medicação sofriam maus-tratos praticados pelos monitores, que eram ex internos da clínica”, afirmou o delegado Jefferson Matson Nóbrega, titular do 5º DP, em entrevista ao Mais Goiás.

Uma mulher de 46 anos e um homem de 36, foram identificados e presos pela Polícia Civil por serem os responsáveis pelo local. “Eles foram presos em flagrante pelo crime de cárcere privado na modalidade qualificada. O homem foi encaminhado para a Unidade Prisional de Anápolis, e a mulher para a Unidade Prisional de Aparecida de Goiânia, onde estão à disposição do Poder Judiciário”, destacou o delegado.

Segundo a Vigilância Sanitária, na clínica foram apreendidos remédios sem receita e o estabelecimento não possui alvará funcionamento. Testes de pessoas com coronavírus também foram encontrados.

“Três desses testes foram identificados com o resultado positivo, diante disso iremos fazer uma investigação de surto de Covid-19, junto com a Vigilância Epidemiológica”, afirmou Gúbio Dias Pereira, gerente municipal de Vigilância Sanitária. Os internos que não forem diagnosticados com a Covid serão reencaminhados às suas residências ou para a rede de assistência à saúde mental.

Por @jonathancavalcantejor do Mais Goiás, em Anápolis