Aulas presenciais

Professores da rede municipal de Anápolis decidem entrar em greve; SEMED garante segurança para o retorno às aulas

"Continuamos na luta pela sobrevivência em meio a tantas incertezas", explicou a presidente do Sindicato dos Professores.

Retorno às aulas presenciais está previsto para segunda-feira (9). (Foto: reprodução)

Sobre o retorno das aulas presenciais na rede municipal de ensino em Anápolis, a classe dos professores na terça-feira (3) deliberaram greve após realização de Assembleia Geral Extraordinária Virtual. Segundo o Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Ensino de Anápolis (SINPMA), a prefeitura e a secretaria foram comunicados sobre a decisão que valerá a partir do dia 9, segunda-feira.

A presidente do SINPMA, prof.ª Márcia Abdala, explicou que a categoria quer continuar trabalhando, mas enquanto o esquema vacinal não for finalizado, que o sistema remoto seja mantido.

“Estamos em crescente no número de casos e precisamos ter cautela, pois todas as vidas importam. Essa Assembleia foi um desdobramento de outra Assembleia realizada no período anterior às férias e demonstra a temeridade neste período para expormos toda a comunidade escolar neste risco da pandemia da Covid-19”, disse a presidente do sindicato.

A secretária municipal de educação, Eerizania de Freitas afirmou em entrevista à Rádio São Francisco 97.7 FM que investimentos foram realizados visando a segurança de todos os envolvidos para o retorno às aulas presenciais. Segundo ela, irá conversar com o prefeito e com a Procuradoria Geral do Município.

“Confesso que fui pega de surpresa com a decisão, afinal nossos estudantes estarão em sala de aula na próxima segunda-feira (9). Mas aquilo que for deliberado juridicamente será apresentado para a população. Aliados com a vacinação dos professores, temos a oferta dos EPI’s com todas as medidas sendo cumpridas dentro das escolas. Tudo que for necessário para o cumprimento do protocolo, a prefeitura e as gestoras tem feito”, explicou aos jornalistas Evaristo Pereira e Jonathan Cavalcante.

Ao final da Assembleia, foram apresentadas três enquetes aos professores, sendo elas: Você se sente seguro para retornar às aulas presenciais com apenas uma dose da vacina?; Sua unidade escolar tem condições, de acordo com o protocolo, para receber estudantes e professores? e por último: Você é a favor da greve?

“Os resultados demonstraram como todos estão com receio deste momento incerto e que realmente, optam pela continuação do ensino remoto, enquanto esperam o esquema vacinal ser completado. Continuamos na luta pela sobrevivência em meio a tantas incertezas. A preservação da vida é a nossa esperança”, desabafou a prof.ª Márcia Abdala.

Segundo a SEMED, o responsável pelo estudante é quem decide a forma que ele retornará ao ensino. Ainda que ele opte por ficar em casa, será adotado o ensino híbrido, com o acompanhamento do aluno levando todo suporte para que não haja prejuízo ao processo de aprendizado.

“A rede particular de educação retornou sem a vacinação, os profissionais do comércio, da indústria também, eles estão trabalhando há muito tempo sem vacina. Tenho certeza que com a primeira dose da vacina, em conjunto com as medidas de segurança dentro das escolas e Cmei’s será um retorno exitoso e abençoado para todos”, concluiu Eerizania.