Animais de estimação agora podem ser registrados em cartório de Goiânia
Os bichinhos podem ter informações como nome, sobrenome, data de nascimento e guardiões em um documento de identidade especial
Para os apaixonados por animais de estimação, uma novidade vai fazer com que os pets se tornem ainda mais parte da família: é o identipet. Isso mesmo! Desde a última quarta-feira (29) o 1º Protesto, Registro de Títulos e Documentos e Pessoas jurídicas de Goiânia, localizado no Setor Oeste, realiza o registro em cartório de animais domésticos.
Além de uma declaração em que o dono é colocado como guardião do bicho, o cartório também disponibiliza uma carteirinha – parecida com o documento de identidade dos humanos – com foto e o nome do animal, que pode ser registrado com o sobrenome do proprietário. No documento também fica registrada a data de nascimento, tipo, raça e cor. Se o pet tiver um chip de rastreamento, o número de identificação pode ser adicionado à declaração.
A estudante Bruna Mariano Valverde, de 28 anos, fez a identipet da cadela Amora Valverde Póvoa, a primeira a ter o documento em Goiânia. “Achei bem legal a possibilidade de fazer o registro, acredito que qualquer ato que possa valorizar nossos pets e demonstra respeito por eles é super bem vindo!”, comemora Bruna.
Na casa da Bruna, Amora é o bebezinho e a dona afirma que vai continuar sendo mesmo quando tiver filhos. “Acontece muito de deixarem os animais de estimação em segundo plano quando vem os filhos, isso não acontecerá na minha casa”, afirma a dona.
“Ela se chama Amora, pois é só amor, é isso que ela transmite a todos que nos rodeia! Ela é a alegria em pessoa, toda elétrica, comilona e carinhosa!”. A cadela é filha do Loothy, que mora em Trindade com a mãe da Bruna, com a Sofia, cachorrinha de uma amiga da família.
Documento
Adriano Vilela, responsável substituto pelo cartório, explica que o identipet não tem valor jurídico, ou seja, não é uma declaração oficial de que aquela pessoa que registrou é dona do animal. Mas, em uma ação na Justiça, pode servir como prova. Além disso, pode auxiliar em viagens internacionais e na identificação do proprietário em causa de roubo.
“A pessoa que faz o registro prova um apego maior ao animal, um vínculo mais forte. É um documento comprobatório. É também uma forma de demonstrar afeto pelo animal, que em muitas famílias é um filho. Todos que chegam ao cartório e ficam sabendo da novidade ficam maravilhados”, afirma Adriano.
A idealizadora do registro de animais domésticos é a tabeliã Sônia Maria Andrade dos Santos, do 6º Ofício de Registro de Títulos e Documentos, no Centro do Rio de Janeiro. O objetivo é que em pouco tempo exista uma rede nacional de cadastro destes bichos. Em Goiânia, o 1º Protesto, Registro de Títulos e Documentos e Pessoas jurídicas foi o primeiro a abraçar o projeto.