Laudo da Agência Nacional do Petróleo (ANP) confirmou que o diesel vendido no posto Carrefour, na Avenida T-9, Setor Vila Bela, estava, de fato, adulterado. Em meio ao combustível foram encontradas partículas de sujeira e um teor de 75% de água – quando o máximo permitido pelo órgão é de 0,05%.
Na última quinta (5), o posto foi fiscalizado pelo Procon Goiás após o recebimento de denúncias de veículos que tiveram problemas depois de abastecerem no estabelecimento. Uma única oficina teria recebido sete automóveis com problemas semelhantes.
No local, ao colherem amostra do bico de uma bomba, os fiscais constataram os primeiros indícios da irregularidade. “Notamos que estava com uma aparência diferenciada. Normalmente o diesel tem uma cor avermelhada. Nesse caso ele estava mais escuro, com partículas aparentemente de água”, afirmouo gerente de Fiscalização do Procon, Marcos Rosa.
Um indicativo maior de alteração veio de dentro do tanque do posto, quando o diesel foi deixado para decantação. “Observamos que ele não ficou homogêneo. Metade dele ficou com aparência de água”, declarou.
Com a confirmação da adulteração pela ANP, o posto foi autuado na manhã desta segunda-feira (9). A administração do estabelecimento tem 15 dias para apresentar sua defesa e o processo por resultar em aplicação de multa de R$ 5 mil e sanções administrativas por parte da agência.
De acordo com Marcos, o caso ainda não será levado à Delegacia do Consumidor (Decon) porque todo o trabalho, neste momento, está sendo feito em nome da ANP. “Por se tratar de uma adulteração, estamos fazendo esse procedimento. O laudo foi lavrado pela ANP, o processo foi instaurado pela ANP e a autuação é pela ANP”, explicou. Apesar disso, ele salienta que há grandes chances de a denúncia ser levada não só para a Decon, mas também para a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz).
Por enquanto, o posto continuará aberto, mas as duas bombas com o combustível adulterado permanecerão interditadas até que sejam feitas as adequações necessárias.
Marcos orienta os consumidores que suspeitam ter sofrido prejuízo por abastecer com o combustível adulterado a procurar o Procon para receber uma cópia dos laudos periciais. “Sugerimos que procurem um advogado de confiança para que possam buscar uma reparação de danos na Justiça comum”, afirmou.
Leia a reposta integral da administação do posto Carrefour:
“Após tomar conhecimento do caso, a rede começou um rigoroso procedimento para averiguar qualquer desvio de processo de forma isolada neste tanque de diesel, no posto citado. A venda do produto seguirá interrompida e será retomada apenas após o esclarecimento das causas e correções necessárias. A empresa informa que a qualidade é atestada por instituto independente, atendendo rigorosos padrões e a legislação vigente. A companhia segue à disposição dos clientes e autoridades”.