Anvisa interdita produtos estéticos que podem ter causado complicações a mulheres em Goiás
A investigação teve início após profissional autônoma Betânia Lima Guarda ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interditou produtos que podem ter causado complicações em pacientes após procedimentos estéticos. Os casos — quatro em Goiás e dois no Paraná — são investigados pela Polícia Civil.
O produto interditado é o Dermo Bioestimulador e Preenchedor Cosmobeauty e o Fluído Ultraconcentrado Tonificante Cosmobeauty, ambos de forma cautelar. Todos os lotes destes produtos estão incluídos. A interdição foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), da segunda-feira (7).
A agência aponta que houve registro de reações adversas graves após o uso destes produtos, que são notificados como cosméticos, mas apresentam instruções de uso irregulares.
Ainda em junho, a Vigilância em Saúde (Suvisa) de Goiás determinou a interdição cautelar da distribuição e comercialização de dois produtos estéticos.
A Polícia Técnico-Científica encontrou substâncias não permitidas para uso em procedimentos estéticos em seringas para aplicação e produtos utilizados em pacientes em Goiás. A investigação apura complicações causadas em pelo menos sete mulheres que passaram por intervenções.
A investigação teve início após profissional autônoma Betânia Lima Guarda ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Premium, em Goiânia, depois de realizar um preenchimento no bumbum em uma clínica no setor Urias Magalhães.
Com isso, a polícia identificou outros seis casos: três em Aparecida, um em Goianésia, um no Mato Grosso e um no Paraná.