HISTÓRIA

Emancipação política de Aparecida completa 58 anos no próximo domingo (14)

Ex-governador de Goiás, Iris Rezende teve participação fundamental para liberdade política da cidade

Emancipação política de Aparecida completa 58 anos no próximo domingo (14) (Foto: Rodrigo Estrela - SecomAparecida)

Emancipação de Aparecida de Goiânia completa 58 anos no próximo domingo (14). O período marca a conquista da autonomia política do município do qual o ex-prefeito de Goiânia e ex-governador de Goiás, Iris Rezende teve papel fundamental.

No início da década de 1960, o então deputado estadual Iris Rezende junto com o parlamentar Olinto Meirelles fomentaram a proposta de emancipação de Aparecida de Goiânia na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

Finalmente, em 1963, o parlamento goiano sancionou a Lei nº 4.927, que emancipou o então Distrito de Goialândia, criando o município de Aparecida de Goiânia. A partir de sua emancipação política, Aparecida garantiu a liberdade para se autogerir, criar as próprias leis e eleger seus próprios representantes.

O prefeito Gustavo Mendanha destaca o papel de Iris Rezende na emancipação da cidade e homenageia o político. “Queremos enaltecer o legado do ex-governador Iris, que nos deixou esta semana. Ele foi um dos principais mentores da lei que emancipou o município, e, por isso, claro, merece todo o nosso reconhecimento pelo grande homem público que foi”, declarou.

Emancipação política abriu o caminho para o crescimento de Aparecida

Em 58 anos de emancipação, o número de bairros em Aparecida cresceu 13 vezes, passando de 23 setores em 1963 para os atuais 305 bairros. Aparecida é hoje a segunda maior cidade do estado de Goiás e está entre os 40 maiores municípios do país.

Na última década, a população local cresceu 32%, comparando dados do censo de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (455.657 moradores) com a estimativa da população atual de 601.844 habitantes, segundo o IBGE.

O Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma dos bens e serviços produzidos na cidade, expandiu de R$ 3,8 bilhões, em 2009, para R$ 12,9 bilhões, em 2018. Na última década, o município assistiu o crescimento de um polo industrial.

No setor de serviços, teve um forte desenvolvimento de centros de distribuição, principalmente no segmento de medicamentos, um dos maiores do país. A localização geográfica do município e o investimento no setor de logística, faz com que diversos tipos de produtos passem por Aparecida e sejam facilmente escoados para todas as regiões do Brasil.

Recém-emancipada, Aparecida teve interventores nomeados pelo Regime Militar

Sancionada a lei, em fevereiro de 1964 o então governador de Goiás, Mauro Borges Teixeira nomeia Licídio de Oliveira como primeiro prefeito de Aparecida. No entanto, logo em seguida veio o golpe militar, que culminou no afastamento de Mauro Borges do governo e na consequente mudança no comando da administração do recém-emancipado município.

Na ocasião, o presidente da República, marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, nomeou como interventor do governo em Goiás o tenente-coronel Meira Matos. Por ser um município novo, Aparecida representava o reduto da oposição ao regime militar. Dessa forma, os militares nomearam o ex-combatente de guerra José Bonifácio da Silva para ocupar o cargo de prefeito, que governou a cidade até 31 de janeiro de 1966.

O primeiro prefeito de Aparecida eleito pela população por meio do voto direto foi Tanner de Melo. Desde então, o município já foi governado por 11 prefeitos escolhidos democraticamente. São eles: Tanner de Melo, Licídio de Oliveira, Elmar Arantes Cabral, Freud de Melo, José Fabiano da Silva, Norberto José Teixeira, Sebastião Lemes Viana, Ademir de O. Menezes, José Macedo, Luiz Alberto Maguito Vilela e o atual prefeito, Gustavo Mendanha.