MP aponta legítima defesa e inquérito contra mulher que matou ex é arquivado, em Aparecida

A Justiça de Goiás arquivoou inquérito policial aberto contra mulher que matou ex-companheiro em Aparecida de Goiânia. O promotor de Justiça, Marcolino dos Santos Júnior, que acompanhou o caso manifestou pelo arquivamento e apontou que a mulher agiu em legítima defesa.

O promotor de Justiça apontou que, para a caracterização da legítima defesa, é necessária a presença de determinados requisitos, o que foi constatado pelo Ministério Público, após análise do caso. Ele considerou ainda o histórico de agressões de homem contra a muher. Assim como o fato de ela ter tentado acionar o botão de pânico de medida protetiva.

Entenda

Segundo apontou o Ministério Público, Larissa Darck Cavalcante, de 29 anos, tinha um relacionamento conturbado com Elias de Andrade Sila, de 35 anos, marcado por agressões. Além disso, ele não tinha aceito o fim do relacionamento e passou a ameaçá-la. Tanto que ela registrou caso na Justiça e conseguiu medidas protetivas contra o homem.

No dia 10 de janeiro, as filhas de Larissa chegavam em casa, quando Elias entrou no lote e as ameaçaram.Ao ver a situação, a mulher colocou o botão de pânico para carregar e mandou ele embora. No entanto, o ex-companheiro tentou agredi-la mas a filha dela interviu. Então Larissa pegou uma faca e o esfaqueou.

Uma das filhas de Larissa foi buscar ajuda da Polícia Militar. Os policiais chegaram no local no momento em que a mulher ainda esfaqueava a vítima e batia a cabeça dela contra o chão.

Agentes da Diretoria-Geral de Administração também estiveram no local devido ao acionamento do botão de pânico. A mulher, no entanto, acabou sendo presa em flagrante.

Elias chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia, mas não resistiu e morreu.