Aparecida: dono de supermercado preso por torturar suspeito de furto ganha liberdade
Defesa alegou que Polícia Civil excedeu prazo de inquérito
Dono de supermercado preso por torturar e matar um suspeito de furto, em Aparecida de Goiânia, ganha liberdade. Pedido de relaxamento da prisão preventiva contra E.F.R. foi acatado pela Justiça após parecer favorável do Ministério Público. De acordo com o órgão, a defesa alegou que a Polícia Civil excedeu prazo para apresentar inquérito finalizado. A vítima, não identificada, foi espancada e incendiada viva no interior do estabelecimento de E.F.R. em 9 de setembro, mas morreu no dia seguinte.
O Mais Goiás tenta contato com a Diretoria-Geral de Polícia Penal para verificar se o alvará de soltura expedido na quinta-feira (19/9) já foi cumprido. O portal aguarda retorno da Polícia Civil sobre o status do inquérito.
Dono de supermercado e funcionários foram presos após denúncia da própria vítima
Após a sessão de espancamento, E.F.R. e dois funcionários atearam fogo à vítima, que teve 80% do corpo queimado. Depois disso, um motorista do estabelecimento, foi incumbido de abandonar o homem para morrer em uma região isolada de Hidrolândia. A vítima, porém, conseguiu se arrastar e pedir ajuda em uma chácara e conseguiu revelar quem eram seus agressores antes de morrer.
Em um vídeo gravado por socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a vítima diz que quatro homens jogaram álcool e atearam fogo nele. O homem afirmou que os autores eram o proprietário e funcionários do supermercado.
A partir de então, quatro indivíduos, entre eles E.F.R, foram presos em flagrante e, depois, tiveram prisão convertida em preventiva. O Mais Goiás não teve acesso aos nomes demais envolvidos, mas todos respondem por homicídio qualificado. O portal também tenta contato com a defesa do dono do supermercado.
Tortura: suspeito de furto teve corpo queimado após tentar furtar sandálias
À época dos fatos, o delegado responsável pelo caso, Adriano Jaime, revelou que a vítima usava tornozeleira eletrônica e que possuía registros criminais.
“Ao tentar furtar o supermercado, o proprietário e outros funcionários pegaram ele, levaram para o fundo da loja, bateram nele com socos e pontapés, além de uma barra de ferro, e depois de tudo isso, jogaram álcool e atearam fogo nele”, detalhou.
Ele continuou: ‘Após ele queimar bastante, eles colocaram ele na caçamba de um carro e deixaram ele em uma área rural de Hidrolândia, no distrito de Nova Fátima”.