EPIDEMIA

Aparecida estabelece protocolos para atendimentos de varíola de macaco

Aparecida de Goiânia identificou os primeiros casos no início de julho. Ambos já receberam alta. Na última segunda (1), houve a confirmação de terceiro caso.

Foto: Freepik

Com três casos confirmados de varíola de macaco, Aparecida de Goiânia divulgou nesta quarta-feira (3) protocolos para monitoramento e atendimento a pacientes. Para isso, a Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) estruturou a Central de Telemedicina. todos aqueles que tiverem sintomas da doença e que sejam notificados em unidades de saúde passam a receber ligações da equipe médica da pasta. A estratégia é a mesma adotada durante a pandemia da Covid-19. Não há casos sob suspeita no município.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde qualquer pessoa que tenha início súbito de febre, acompanhada de inchaço dos linfonodos do pescoço, conhecido popularmente como íngua, e erupções na pele deve procurar imediatamente um serviço de saúde para avaliação.

“Os profissionais das UPA’s e Cais ou UBS’s vão avaliar os casos, realizar a notificação e, se necessário, encaminhar para realização de exame. A partir disso, todos os pacientes passam a ser monitorados pela equipe de Telemedicina da SMS”, diz o superintendente de Atenção à Saúde de Aparecida, Gustavo Assunção.

O diagnóstico da varíola de macaco é realizado exclusivamente de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético: “O teste para diagnóstico laboratorial deve ser realizado em todos os pacientes enquadrados na definição de caso suspeito. A amostra analisada é coletada, preferencialmente, da secreção da lesão. Quando as lesões já estão secas, o material a ser encaminhado são as crostas das feridas. As amostras estão sendo direcionadas para os laboratórios de referência”.

Tratamento da doença

O coordenador médico de Aparecida, Murillo de Castro, explica que os casos confirmados de Monkeypox são tratados com medidas para aliviar sintomas e prevenir e tratar complicações e sequelas. “Em caso suspeito da doença, deve ser realizado o isolamento imediato do indivíduo e o rastreamento de contatos. O período de isolamento do paciente só deve ser encerrado quando todas as lesões na pele desaparecerem por completo. Na maioria dos casos, os sintomas desaparecem em poucas semanas. No entanto, é possível a ocorrência de casos graves e óbitos”, informa

Casos

Aparecida de Goiânia identificou os primeiros casos no início de julho. Ambos já receberam alta. Na última segunda (1), houve a confirmação de terceiro caso. Em Goiás aumentou para 35 os casos confirmados de varíola dos macacos em 22 dias. Os dados foram divulgados na terça-feira (2) em um boletim da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO).