ECONOMIA

Aparecida (GO) é a 2ª entre as 4 maiores cidades goianas com melhor geração de empregos em janeiro

Entre as cidades analisadas, Aparecida, com saldo de 1.149 empregos gerados, fica atrás apenas da capital, que gerou 4.273 postos de trabalho formal

Polo Industrial de Aparecida ajudou a geração de empregos do município no início de 2022, diz economista (Foto: SecomAparecida)

Aparecida de Goiânia é a segunda colocada no ranking de geração de empregos das quatro cidades mais populosas de Goiás no período de janeiro de 2022. Entre os municípios analisados, Aparecida, com saldo de 1.149 postos gerados, fica atrás apenas da capital, que gerou 4.273 contratos formais. Em terceiro lugar, o município de Anápolis (888) e em quarto, Rio Verde (649). Os dados são da último levantamento divulgado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

No primeiro mês deste ano, Aparecida registrou 4.791 desligamentos e 5.940 admissões. O último saldo de empregos formais gerados em Aparecida demonstra uma melhora em relação a dezembro de 2021, quando a cidade ficou com saldo negativo e 1.180 postos de trabalho. A maior parte do saldo de empregos gerados no município foi no setor de Serviços.

Em Goiás, Serviços gera mais empregabilidade do que Agricultura, afirma Economista

O economista e coordenador do centro de pesquisas de mestrado da Unialfa Goiânia, Aurélio Troncoso afirma que mais de 60% do PIB do estado de Goiás está concentrado no setor de Serviços. “O agronegócio é o grande exportador de produtos, mas o setor que mais gera emprego é o de construção civil, comércio e serviços”, afirma o economista.

Em relação a Aparecida, Aurélio afirma que a economia da cidade está voltada para a área de logística e a parte de transportadoras é um dos motores que faz a geração da região. “Aparecida funciona como um centro de distribuição do país, não tem tantas indústrias voltadas para produção e o a indústria de centros de distribuição acaba gerando postos de trabalho no setor de serviços”, afirmou.

O economista afirma ainda que Aparecida teve um crescimento econômico nos últimos anos que também ajudou na melhora dos índices de empregabilidade. “Incentivos fiscais e financeiros do estado na região, o crescimento da área comercial e a construção dos polos industriais voltados para logísticas são fomentadoras de emprego””, disse.

Falta de insumos, guerra na Europa e aumento de combustíveis: Como fica Goiás neste cenário?

O economista acredita que a possível falta de insumos na agricultura causada pela Guerra da Ucrânia e o aumento do valor no preço dos combustíveis não vão fazer com que Goiás tenha saldo negativo de empregabilidade.

“Não podemos afirmar com certeza se essa falta de fertilizantes vai influenciar na empregabilidade, mas acredito que não. O que pode acontecer, é a geração de empregos formais estagnar, mas não a ponto de negativar o saldo”, afirmou

Para Aurélio, o aumento dos combustíveis não deve influenciar a empregabilidade em Goiás, mas poderá causar diminuição dos salários. “Acredito que o empregador não vá demitir, mas com o aumento de custos, deve contratar com salários mais baixos”.

Para Aurélio, desde 2019, quando o Brasil começou a ter uma pequena recuperação econômica, o país vem sofrendo reveses causados por situações mundiais. “Primeiro, foi a pandemia e agora a invasão da Rússia na Ucrânia”, afirmou.

O economista diz ainda que mesmo com a pandemia, Goiás não ficou sem empregabilidade. “Nos dados do Caged, é possível perceber que o estado sempre ficou com saldo positivo no período, mesmo com diminuição ou até estagnação de geração de postos de trabalho. Hoje, com todas essas dificuldades que estamos tendo, Goiás ainda está se mantendo no positivo”, pontuou o pesquisador.