Aparecida (GO) tem mais de 2,9 mil casos de dengue registrados em 2022
Prefeitura ainda investiga sete mortes que podem ser causadas por agravamento de dengue no município em 2022.
Aparecida de Goiânia registrou, somente nas 13 primeiras semanas do ano, 2.973 casos de dengue confirmados. O número representa 35,10% de todos os casos registrados em 2021, quando houve 8470 casos da doença. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde.
A prefeitura ainda investiga sete mortes que podem ser causadas por agravamento de dengue no município em 2022.
Nas 13 semanas epidemiológicas do ano, apenas as duas últimas duas não tiveram registro de casos maiores que no ano passado. Para se ter uma ideia, na primeira semana do ano, houve 833 registros, contra 136 do ano passado. A segunda 568, contra 192; e a terceira 543 contra 167 registrados em 2021.
O coeficiente de casos de dengue é considerado de alto risco em Aparecida. São 503,8 casos por 100 mil habitantes.
Segundo o boletim epidemiológico, as mulheres em geral têm mais dengue em Aparecida de Goiânia, já que 57% dos registros são em pessoas do sexo feminino, enquanto 48% em homens.
Bairros com maior número de casos de dengue em Aparecida de Goiânia
O bairro com maior incidência da doença é o Jardim Buriti Sereno, com 214 casos. Enquanto Jardim Tiradentes tem 168, Jardim Alto Paraíso 120 e Garavelo 97.
Doença é preocupante no Estado
É bom lembrar que Goiás é o segundo estado do Brasil com mais mortes por dengue em 2022. Durante o primeiro trimestre do ano foram, ao todo, seis óbitos. Apenas a Bahia está na frente. Além disso, os goianos lideram uma lista com mais casos confirmados da doença no país, chegando a 35 mil contaminados.
O coordenador de Dengue, Zika e Chikungunya da Secretaria de Saúde de Goiás, Murilo do Carmo, afirmou que existem alguns fatores que contribuem para os resultados negativos no estado. Um deles é a circulação de dois tipos de vírus, a dengue tipos 1 e 2.
“Temos um intenso período chuvoso no Estado de Goiás. Isso fez com que aumentasse a oferta de água nos criadouros e aumentasse a quantidade de Aedes aegypti. Somado a isso, a baixa adesão da sociedade em ajudar o poder público a conter o avanço dessa doença”, analisou.