PARALISAÇÃO

Apenas 11 dos 90 ônibus do Eixo Anhanguera operam em Goiânia, diz sindicato

Caso ocorre mesmo após decisão do TJ para frear a greve. Categoria tem reuniões para definir futuro do movimento nesta manhã

Motoristas do transporte coletivo paralisam atividades em Goiânia (Foto: Divulgação)

Apenas 11 dos 90 ônibus da Metrobus que operam a linha Eixo Anhanguera circulam na manhã desta terça-feira (11), em Goiânia. A diminuição da circulação dos veículos faz parte dos efeitos da greve dos trabalhadores do transporte coletivo, que exigem pagamento da data-base retroativo e vacina para trabalhar durante a pandemia de Covid-19. A categoria tem reunião no Ministério do Trabalho com representantes da empresa ainda nesta manhã para definir os rumos da paralisação.

A Justiça, em decisão da noite de segunda-feira (10), considerou a greve abusiva. No entanto, os trabalhadores da Metrobus decidiram seguir com o movimento e se mobilizaram desde a madrugada na garagem da empresa em Goiânia. A Redemob, que opera a Rede Metropolitana de Transporte Coletivo, no entanto, em nota, aponta que as demais linhas operam normalmente.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo), Sérgio Reis, chegou a ser preso na madrugada desta terça-feira, mas foi liberado.

Mobilização

Fernando Naves, diretor do Sindicoletivo, diz que espera que as empresas atendam os trabalhadores e cita principalmente a retirada de direitos, como o não pagamento da data-base. Além disso, argumenta que a contaminação e mortalidade dos motoristas de ônibus é muito alta e não recebe a devida atenção dos empresários e do poder público.

O sindicato aponta que pelo menos 42 motoristas morreram em decorrência da Covid-19. Além disso, 450 teriam se contaminado com o coronavírus.

“Esses números não contam os familiares dos trabalhadores, então o número é bem maior”, aponta Fernando. “O governador justificou a vacinação de policiais pela morte de 5% do efetivo. O índice entre os motoristas é acima de 8%”, justifica e exige imunização para a categoria.

Ônibus circula do Terminal Bandeiras em Goiânia (Foto: Jucimar Sousa / Mais Goiás)