Apesar das fortes chuvas em Goiás, reservatórios estão em nível baixo
As precipitações estão ocorrendo de formas desproporcional - muito numa região e pouco em outra -, o que causa preocupação
O corredor de umidade vindo do Norte do Brasil e que passa por Goiás continua trazendo chuvas para o estado. Porém, o fenômeno meteorológico não é suficiente para fazer os reservatórios de água chegarem a níveis tranquilizadores. De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), as precipitações estão ocorrendo de formas desproporcional – muito numa região e pouco em outra -, o que causa preocupação.
Ao Mais Goiás, o gerente do Cimehgo, André Amorim, explica que as pancadas de chuva continuam em todo o estado, mas se concentram principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste de Goiás. Portanto, municípios na região do Araguaia, Iporá, Goiás e outros continuam sendo fortemente afetados pelas precipitações.
Na contramão, outras regiões como a Centro-Sul de Goiás registram um volume de chuvas consideravelmente menor. “No Sudoeste e no Sul goiano as chuvas não estão tão intensas. Chove demais de um lado, numa bacia hidrográfica, e chove menos em outras bacias”, destacou o gerente o Cimehgo.
“Recuperação tímida” de reservatórios de Goiás
De acordo com André Amorim, a má distribuição das chuvas acaba prejudicando os reservatórios de água de Goiás, que devido à essa desproporcionalidade nas chuvas, “estão se recuperando de uma maneira tímida, mais lenta e demorada”.
Ele enfatiza o nível preocupante de alguns reservatórios, como o de São Simão, que registrou nível de 25,21% de volume útil no último domingo (9); Emborcação, que registrou 24,79% de volume útil e até o de Serra da Mesa, que registrou 36,62% de volume útil. “Ainda não temos nenhum reservatório de Goiás com 50% do volume útil, para termos uma ideia”, concluiu.