Apesar de reunião, votação para aumento da passagem de ônibus é mantida
Nesta quinta-feira (21), a Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) vota o aumento da tarifa…
Nesta quinta-feira (21), a Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) vota o aumento da tarifa do transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia. Marcada para as 17 horas, a reunião é no Paço Municipal de Goiânia. A atual passagem que custa R$ 4 e pode subir até R$ 4,30, com aumento de 7,5%.
Na tentativa de buscar um adiamento para a votação, quinze vereadores da Câmara Municipal de Goiânia se reuniram, na tarde desta quarta-feira (20), com o presidente da CDTC, Jânio Darrot (PSDB). Diversos pontos foram levantados pelos parlamentares, como a falta de investimentos por parte das empresas, a superlotação e até mesmo a falta de instalações de pontos de ônibus, que ficou sob responsabilidade das prefeituras desde o ano passado.
Em resposta, Darrot, que também é prefeito de Trindade, pontuou que, por questões jurídicas, não será possível o adiamento da votação, mas que o tema ser discutido em plenário. “Já foi feita a convocação de todos os membros participantes do poder legislativo, do estado e das prefeituras da região metropolitana. Nós, amanhã, podemos colocar, na primeira colocação da pauta, um possível adiamento, mas esse adiamento deverá acontecer em plenário porque estamos seguindo uma cláusula contratual contratual que nós temos com as empresas sobre o reajuste anual”, destaca Darrot.
Represente da Câmara Municipal na CDTC, o vereador Lucas Kitão (PSL) solicitou que a votação seja aberta à população. “Se não der, que seja aberta aos vereadores de Goiânia. Vamos requisitar que o aumento seja retirado de pauta, que a gente discuta somente melhorias no transporte. E que a gente cobre das empresas o que foi discutido e acordado anteriormente”, afirma.
Presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo, conta que o projeto aprovado, que veta o aumento caso melhorias não sejam feitas, seguirá para sanção ou veto do prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), também nesta quinta-feira. O parlamentar destacou confiança de que a proposta barre o aumento.
“A ideia não é ter um enfrentamento nesse momento, é de diálogo. Mas se necessário for, a Câmara irá até última instância, em defesa da sociedade goianiense, da população. O contrato é muito claro e ele prevê que as melhorias sejam feitas. Nenhuma melhoria foi feita e nem foi vista por ninguém. Se necessário for, iremos à Justiça pedir a suspensão do contrato, caso eles insistam no descumprimento do contrato”, conta.
Estiveram presentes na reunião Romário Policarpo (Pros), Emilson Pereira (Pode), Paulo Magalhães (PSD), Zander Fábio (Patriota), Carlin Café (PPS), Gustavo Cruvinel (PV), Tiãozinho Porto (Pros), Rogério Cruz (PRB), Denício Trindade (Solidariedade), Priscila Tejota (PSD), Drª Cristina (PSDB), Cabo Senna (PRP), Lucas Kitão (PSL), Tatiana Lemos (PCdoB) e Anselmo Pereira (PSDB).
Como funciona a votação?
A CDTC é um órgão que discute sobre a passagem do transporte coletivo, com 11 membros. É interligada à Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), que realiza o estudo de viabilidade do aumento de valores, levando em consideração os gastos e investimentos realizados pela empresa.
Para o aumento da passagem ser definido, o estudo é apresentado aos membros da CDTC. Posteriormente, ele segue para aprovação da Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR). Após aprovado pelo órgão regulador, uma nova reunião é convocada para a votação entre os membros para aprovação ou rejeição do aumento.
Para isso acontecer, são necessários seis votos, do total de 10 membros, já que o presidente não vota – apenas se houver empate. O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), um dos membros da CDTC, já sinalizou defesa ao aumento da passagem.
Os demais membros da CTDC são o presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), Fernando Meirelles; o secretário de Trânsito de Goiânia, Fernando Santan;, o secretário de Planejamento Urbano e Habitação da capital, Henrique Alves; o deputado Alysson Lima (PRB); Eurípedes Barsanulfo, da AGR; vereador Aquiles representante da Associação de Câmaras Municipais da RMG; prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (MDB); e a secretária de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andréa Vulcanis.