Nove medidas

Após 41 dias de greve, governo anuncia benefícios aos servidores da Educação em Goiás

Medidas incluem reajustes salariais, autorização de concurso público e ainda cria vale-alimentação para todos os professores e administrativos da pasta

Após 41 dias de greve de parte dos servidores da rede estadual de Educação em Goiás, o governador Marconi Perillo e a secretária da Educação, Cultura e Esporte do Estado, Raquel Teixeira, anunciaram hoje (24) um pacote de benefícios amplamente reivindicados pelos professores, como reajuste salarial e a autorização para concurso público.

O conjunto de medidas, já autorizado pela equipe econômica e financeira do Governo de Goiás, inclui reajuste de 7,64% aos professores efetivos do P1 ao P4, equiparação do quadro transitório ao P3, autorização do concurso público para 1 mil vagas (900 para professores e 100 para administrativos), criação da Gratificação por Dedicação em Período Integral (GDPI) para os professores que lecionam nas escolas de tempo integral, reajuste de 21% para os servidores administrativos e de 34% para os temporários, além de criação do vale-alimentação no valor de R$500,00 para todos os servidores (efetivos, temporários e comissionados). As medidas valerão a partir de junho.

Para Raquel Teixeira, o anúncio das nove medidas representa um momento importante de celebração, já que se trata de uma conquista histórica para a rede pública estadual. “Essas são conquistas do ponto de vista pessoal, mas o governador também autorizou duas outras medidas que vão beneficiar diretamente as escolas, que é o reajuste de 20% no valor da merenda escolar e de 58% no Pró-Escola, programa que permite ao diretor realizar reformas emergenciais e pequenos reparos nas instituições de ensino”, destacou a secretária.

A presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (Sintego), Bia de Lima, também comemora o anúncio, pois a categora estava há três anos reivindicando as medidas anunciadas hoje. “[As medidas] atenderam o pedido da Educação. Para não dizer que poderia ser melhor, precisava que fosse retroativa a janeiro o reajuste de 7,64% dos professores, mas para quem estava muito preocupado como nós estávamos de não ter nada, não resta dúvida que isso já é um grande alento,” avalia a sindicalista.

Bia ainda lembra que a greve dos servidores estaduais da Educação ainda não acabou. Amanhã (25), às 14 horas, a categoria irá se reunir em frente a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, onde eles deverão apreciar a proposta do governo e votar pela continuidade ou não da paralisação.

Recursos

Segundo a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce), os aumentos e o pagamento do vale-alimentação representarão impacto de R$ 300 milhões sobre o custeio com a folha salarial dos servidores da Seduce apenas neste ano, de junho a dezembro. Os recursos estão previstos na vinculação, porcentual mínimo constitucional de 25% destinados obrigatoriamente para a Educação.

Confira a lista das nove medidas da Educação:
21% de reajuste para os administrativos;
34% de reajuste para os professores temporários;
1.000 vagas para concurso público;
7,64% de reajuste para todos os efetivos;
Fim do quadro transitório, que se equipara ao P3;
Criação do auxílio-alimentação no valor de R$500,00 para todos os servidores da educação (efetivos e temporários)
58% de reajuste no Pró-Escola;
20% de reajuste na merenda escolar;
Gratificação para todos os professores das escolas de tempo integral.