Após 46 dias, bebê de Anápolis que teve grave reação a medicamento recebe alta
A bebê de Anápolis Helena Cristina ficou com mais de 70% do corpo queimado após uma forte reação a um medicamento
Após 46 dias internada em hospital de Anápolis, bebê Helena Cristina, de 1 ano e 2 meses, recebeu alta do hospital na última segunda-feira (25). A menina foi internada depois de ter mais de 70% do corpo queimado em decorrência de uma grave reação a um medicamento para epilepsia. Agora, a pequena vai continuar seu tratamento em casa.
Helena passou por dois hospitais até chegar ao Hugol, em setembro deste ano. Foram 46 dias de internação, com 19 deles em intubação, até receber alta ontem. Ao Mais Goiás, o pai de Helena, Hugo Motta, disse que o tratamento em casa será feito com medicamentos e acompanhamento. “Estamos olhando e marcando ainda. Neuro, fonoaudióloga, pediatra, [médico] especializado em alergias”, disse.
Em comunicado, Motta fez um agradecimento “a todos os profissionais de saúde que dedicaram tanto para fazer dessa recuperação um sucesso”, entre médicos, enfermeiros, auxiliares, administrativo etc., e “a todos que ajudaram nos custos e através de orações” para Helena, que havia sido diagnosticada com Síndrome de Stevens-Johnson que depois evoluiu para necrólise epidérmica tóxica (NET).
“Hoje, nossa Helena começa uma nova fase em sua vida […]. Ela continua com seu tratamento em casa, reaprendendo o que mal sabia direito (pois estava começando a caminhar), fortalecendo sua imunidade e finalizando a cicatrização da pele e com varias consultas e exames pela frente para acompanhar, mas o pior já passou. Só temos a agradecer a todos pelo carinho por essa pequena e desejar que seja retribuído em dobro tudo que nos foi proporcionado”, declarou Motta.
Relembra o caso da bebê de Anápolis que ficou desfigurada após reação a medicamento
Os pais de Helena decidiram procurar um médico após a filha começar a apresentar manchas na pela (brotoejas). Ela foi diagnosticada com rosácea, doença caracterizada pela inflamação da pele do rosto e teve amoxilina receitada. Porém, com o passar dos dias, manchas grandes apareceram em Helena.
O médico receitou um novo tratamento, mas as manchas continuaram e evoluíram para bolhas e queimaduras de terceira grau. A menina acabou tendo mais de 70% do corpo queimado, sendo necessária a intubação na UTI. Ao Mais Goiás, Motta afirmou que após o diagnóstico de rosácea, os médicos concluíram que Helena havia sido acometida com uma forte reação ao medicamento Lamotrigina, usado no trato de epilepsia.
Três médicos concluíram se tratar da Síndrome de Stevens-Johnson, doença rara e grave que provoca o surgimento de lesões avermelhadas em todo o corpo e outras alterações, como dificuldade em respirar e febre. No entanto, a doença evoluiu para necrólise epidérmica tóxica (NET), um quadro ainda mais grave.