LAGOLÂNDIA

Após alagamento, bombeiros auxiliam moradores de povoado em Pirenópolis

Aproximadamente 150 pessoas, entre elas duas crianças menores de um ano, ficaram desabrigadas

Nível de rios supera cotas de inundação em trechos de três estados (Foto cedida ao Mais Goiás - Arquivo)

Depois das chuvas que subiram o nível d’água no Rio do Peixe e que causaram alagamento em Lagolândia, povoado de Pirenópolis, no último domingo (28), o Corpo de Bombeiros agora trabalha na assistência às famílias que tiveram prejuízo ou perderam móveis. Cerca de 30 famílias ficaram desabrigadas. Elas estão alojadas em escolas de casas de turismo da região. Os bombeiros trabalham no resgate de móveis danificados, que terão que ser jogados fora. Em paralelo, médicos prestam assistência à população.

A prefeitura de Pirenópolis enviou para os pontos de alojamento veículos adaptados para prestar assistência médica as famílias alojadas. A Escola Estadual Benedita Cipriano e a Escola Nossa Senhora Sant’Ana receberam, aproximadamente 150 pessoas, entre elas 14 crianças, duas menores de um ano. Alguns moradores foram alojados em casas de turismo, outros foram levados para casa de familiares que residem nas redondezas.

Comunidade fez muitas doações

A comunidade se mobilizou e fez doações de roupas, eletrodomésticos, moveis, itens de higiene pessoal, água mineral e alimentos. “Se eu fosse definir tudo em uma palavra, diria gratidão. O pessoal se organizou e fez muitas doações. Estamos com um estoque de 400 cestas básicas. A cantina da escola fica aberta 24hrs para o pessoal se alimentar”, relata Marcos Cezar Teles, diretor de uma das escolas usadas como ponto de apoio.

O diretor conta que há uma semana, a escola havia realizado um projeto de plantio de árvores às margens do rio para amenizar os estragos de futuras enchentes. “Uma semana atrás, estávamos com o projeto ‘Nosso rio, nosso futuro’ em parceria com a Secretaria de Educação e a comunidade. Plantamos árvores em volta do rio para conter os estragos de enchentes, sabíamos que isso ia acontecer, mas não imaginava que seria agora. Infelizmente, o rio não esperou as árvores crescerem”.

Bombeiros orienta a não retornar para as casas atingidas

O Corpo de Bombeiros realiza a limpeza do local e a retira móveis e eletrodomésticos das residências atingidas. Esses objetos serão depositados em uma área específica e enterrados para evitar que mais lixo seja jogado no rio. Além disso, orienta a população a aguardar um laudo da defesa civil, que avaliará a estrutura das residências para liberar o retorno às casas atingidas.

Segundo Marcos Cezar, as famílias que perderam tudo serão prioridade para receberem ajuda. Em seguido, são aquelas em que os imóveis estão com boa estrutura e parte dos moveis foram recuperados e em terceiro, as casas de mantidas por famílias que passam as férias no local.

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