Orações

Após atentado, pais de alunos fazem vigília no Colégio Goyases

Com velas acesas, eles rezaram pelas vítimas do atentado ocorrido nesta sexta-feira (20), que deixou dois estudantes mortos e outros quatro feridos

Tão logo a Polícia Militar retirou a fita de isolamento que bloqueava o Colégio Goyases, cerca de 50 pais de alunos e moradores da região do bairro Conjunto Riviera, onde fica a unidade, iniciaram uma vigília. Com velas acesas, eles rezaram pelas vítimas do atentado ocorrido nesta sexta-feira (20), que deixou dois estudantes mortos e outros quatro feridos.

A vigília começou por volta das 19h ontem. Emocionados, os participantes entoaram orações e músicas religiosas, pedindo por bênçãos e por forças para todos aqueles que sofrem com a tragédia.

Atentado

Filho de pai e mãe policiais militares, um adolescente de 14 anos abriu fogo na manhã desta sexta-feira (20) contra colegas, dentro de uma sala do 8º ano do Colégio Goyases, localizado no Conjunto Riviera, em Goiânia. Dois adolescentes, João Vitor Gomes e João Pedro Calembo, que têm 12 e 13 anos, morreram no local. Outros quatro alunos também ficaram feridos e foram encaminhados para hospitais da Capital. A tragédia aconteceu por volta das 11h30.

Em coletiva de imprensa, o titular da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai), Luiz Gonzaga, afirmou que um dos meninos mortos era um desafeto do autor dos disparos. “O rapaz me disse que este colega ‘o amolava muito’. Pelo o que ele contou, o alvo era este adolescente e, após os primeiros disparos, ele perdeu o controle e atirou aleatoriamente nas outras pessoas. Inclusive, ele disse que o outro menino que morreu era um amigo”, explicou o delegado.

Ainda segundo Gonzaga, informações preliminares apontam que o adolescente estava sentado com a arma dentro da mochila quando efetuou um disparo acidental e, em seguida, atirou contra os colegas. Foi no momento em que ele trocava os cartuchos da pistola .40 da Polícia Militar que a coordenadora da escola conseguiu persuadir o adolescente a travar a arma e acompanhá-la até a biblioteca da escola, onde ele permaneceu até a chegada da polícia.

Situação das vítimas

De acordo com o diretor técnico do Hospital de Urgências de Goiânia, Ricardo Furtado Mendonça, uma menina de 13 anos está em estado grave na UTI do hospital. Ela foi atingida na mão, pescoço e no tórax. A menina passou por procedimento cirúrgico para drenagem de tórax.

A segunda vítima, também uma adolescente de 13 anos, está consciente e respirando sem aparelhos. Ela teve um pulmão perfurando e passou por cirurgia. A terceira vítima é um menino de 13 anos que está consciente, estável e continua em avaliação. A quarta vítima está no Hospital Acidentados e não teve o boletim médico divulgado.

A Polícia Civil continua com a investigação e deve ouvir os professores e coordenadores da escola.