Após atropelar moto em Goiânia, motorista diz que vítima estava em alta velocidade

O motorista do VW/Gol que desrespeitou a sinalização de “Pare” e atropelou um motociclista na avenida Fuad Rassi, no setor Vila Jaraguá, em Goiânia, prestou depoimento na tarde de quinta-feira (24) na Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito (DICT). O homem alegou que o condutor da moto, que não resistiu aos ferimentos, estava em alta velocidade. Disse ainda que, na noite de sábado (19), um carro preto estava parado na via, o que dificultou a visibilidade e impediu que ele visse o motociclista.

Motorista afirma que outro carro atrapalhou a visibilidade e impediu que ele percebesse a aproximação da moto

“Ele (motorista) afirma que parou no cruzamento da avenida Fuad Rassi com a rua 9, mas tinha um carro preto que já estava parado à esquerda no cruzamento. Segundo ele, esse carro acabou prejudicando a visibilidade e ao avançar pela direita, no intuito de ter uma maior visibilidade, ocorreu a colisão. Ele alega que a motocicleta estava em alta velocidade, atribuiu a causa do acidente ao motociclista. Acredita que se o motociclista tivesse mais devagar, o acidente, talvez, não teria ocorrido”, explica o delegado Thiago Damasceno ao Mais Goiás.

De acordo com a investigação, o motorista de um Gol prata não respeitou a sinalização de “Pare” e ao avançar pela direita, um motociclista que trafegava pela avenida bateu na lateral do veículo. Com o impacto da colisão, o motociclista é arremessado metros à frente.

Pessoas que presenciaram o acidente acionaram o Corpo de Bombeiros, que prestou socorro ao motociclista e o encaminhou para o Cais Vila Nova, mas o rapaz não resistiu e veio a óbito assim que deu entrada na unidade.

Condutor do carro fugiu por medo de linchamento

No depoimento, o motorista disse que desceu do carro para ver se o motociclista estava ferido, mas fugiu por medo de represarias ao perceber que populares se aglomeravam ao redor da vítima.

“Ele disse que parou o veículo, desceu e viu o motociclista caído. Nesse momento, alguns populares começaram a chegar e foi criando um clima de revolta, algumas pessoas já diziam que ele tinha matado o motociclista e por medo de sofrer um linchamento, ele optou por fugir”, relata o delegado.

Segundo o delegado, o motorista estava abalado ao relatar sua versão do acidente. “O motorista estava muito chateado, disse que nunca tinha passado por nenhuma situação semelhante, jamais tiraria a vida de uma outra pessoa. Estava bastante abalado”, disse Damasceno.

Foi realizado uma perícia no local e na motocicleta, mas diante da alegação do motorista, uma nova analise será feita para identificar a velocidade em que a moto estava no momento do acidente.

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